59ª Assembleia Geral da CNBB

Bispos recebem jornalistas no penúltimo dia da Assembleia

Nesta quinta-feira, 1º, penúltimo dia da 59ª Assembleia Geral da CNBB, bispos falam da terceira edição da tradução do Missal Romano e do retiro dos bispos

Huanna Cruz
Enviada a Aparecida (SP)

Coletiva com dom Joaquim Giovani Mol, dom Edmar Peron e dom Armando Bucciol / Foto: Wesley Almeida

O penúltimo dia da 59ª Assembleia Geral da CNBB contou com a coletiva de imprensa como de costume, às 15h, na sala de imprensa do Centro de Eventos Pe. Vítor Coelho de Almeida. O bispo de Paranaguá (PR) e presidente da Comissão para a Liturgia da CNBB, dom Edmar Peron, atendeu à imprensa e falou sobre a aprovação da terceira edição da tradução do Missal Romano. Outro assunto abordado na coletiva, desta vez por dom Armando Bucciol, bispo de Livramento de Nossa Senhora, na Bahia, foi o retiro dos bispos.

O bispo auxiliar de Belo Horizonte (MG), Dom Joaquim Giovani Mol, deu início à coletiva acolhendo a todos os presentes, em especial dom Edmar Peron e dom Armando Bucciol.

Segundo dom Edmar Peron, a Presidência Episcopal para a Liturgia, coordenada por ele há alguns anos, realizou um trabalho em equipe, que foi transmitido para o outro até chegar à conclusão do trabalho a respeito da terceira edição da tradução do Missal Romano.

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Para o prelado, “a atual equipe da Cetel concluiu todo o processo de revisão e tradução da terceira edição do Missal Romano. Não é um novo Missal, mas precisou ser todo revisto por vontade explicita de São João Paulo II que mandou não só traduzir os textos novos, mas rever as traduções que nós já tínhamos. É por isso que muita gente se espanta, pois gastamos 18 anos neste serviço”, detalhou.

No Missal está toda a fé da Igreja

“No Missal está toda a fé da Igreja. Uma das expressões mais bonitas é a de que cremos o que celebramos. E celebramos aquilo que acreditamos”, ressaltou o bispo.

Esta terceira edição da tradução do Missal Romano foi promulgada por São João Paulo II, no ano 2000, após a revisão de alguns textos que não estavam muito precisas em latim, mas o ponto de partida é o de São João Paulo II. É um trabalho da Igreja.

De acordo com dom Edmar, este trabalho partiu das mãos e coração de São João Paulo II há 18 anos. Quando chegou à equipe de tradução, cada um dos textos era entregue aos bispos nas assembleias presenciais para que fossem corrigidos e revistos. A última palavra sobre cada parte do Missal, porém, era de toda a Conferência.

Os estatutos da CNBB preveem que, para este trabalho, são necessário de dois terços do Episcopado e não somente daqueles que se reúnem em assembleia. “Poderíamos ter uma assembleia de 80 pessoas e fazer dois terços, não é assim, tem que ser de todo episcopado e isso nos alegrou porque nós alcançamos essa margem de votação positiva. Parte por parte, até chegar esse momento que fizemos os escrutínios das últimas partes e então aconteceu a votação final do Missal”.

Em seguida, o bispo emendou: “O Missal saiu das mãos de Papa e depois passa pelas mãos dos bispos na Assembleia, volta às mãos do Papa, pois é necessário voltar a Roma para que haja uma confirmação. Já houve da parte do episcopado brasileiro uma aprovação, mas é preciso que tudo seja confirmado e algumas partes reconhecidas pelo Santo Padre, pela Cúria Romana. É um processo eclesial para que nós tenhamos o livro da fé nas mãos das pessoas”, afirmou o prelado.

Segundo dom Edmar, “toda a preocupação é que o Missal se torne em nossas comunidades fonte de vida espiritual e conversão pessoal”.

Retiro dos bispos

“O tema escolhido para o retiro dos bispos foi o discernimento, palavra que todos ouvimos, mas que todos os dias devemos fazer discernimento. Cada um pense o que escolher na vida e certamente antes de escolher é necessário que a pessoa tenha feito um discernimento para escolher o melhor”, finalizou dom Armando Bucciol.

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