Em maio de 2007 aconteceu a V Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e do Caribe em Aparecida. O que nos propõe o documento de Aparecida? O modelo missionário de Igreja, que o testemunho de Paulo muito ilumina.
A conferência fez muito mais que uma forte insistência da ação missionária. Mas fez o povo entender que o povo latino americano e caribenho está desafiado e convocado a progredir a um novo modelo da Igreja. Na história recente, o Vaticano II, nos fez progredir do modelo Igreja sociedade para o modelo Igreja comunidade.
Agora Aparecida nos lança na América Latina e no Caribe o desafio de progredir do modelo de Igreja comunidade para o modelo de Igreja missionária. Fazendo da missão o eixo articulador de toda a sua vida e ação. Então o que passa ser a realidade central? Respondo: passar ser os outros, ora numa Igreja missão o centro de referência não é mas o nós, mas os outros. Numa Igreja toda missionaria o que se deve mais ouvir é exclamação – o nós que está a serviço dos outros.
Certa vez participei de um Sínodo de uma Igreja Luterana, em Cachoeira do Sul, o lema do Sínodo era ‘Da migração para missão’ A Igreja Luterana, sentiu-se convocada para a inclusão de outros em sua ação.
Após Aparecida o lema da Igreja católica na América Latina, e no Caribe é ‘Da tradição dos nossos antepassados para a missão’, é neste sentido que entende a exigência de Aparecida para uma conversão pastoral. Muitos virão não mais da tradição, mas da conversão como a de São Paulo.
É diferente quem procede da tradição junto a quem procede da transformação, e da conversão. Dos que vem da tradição pode predominar os ensinos, a doutrina, mas os que vem da conversão é indispensável a evangelização querigmática. O querigma não é somente uma etapa, mas é o fio condutor de um processo que cumina na maturidade do discípulo de Jesus Cristo. Sem o querigma os demais aspectos deste processo estão condenados a esterilidade, sem corações verdadeiramente convertidos ao Senhor. Só a parti do querigma que acontece a possibilidade de uma iniciação a uma vida na Igreja. Por isso a Igreja precisa tê-lo presente em todas as suas ações.
A evangelização querigmática é aquela que não se preocupa primeiramente em propor doutrinas e teologias e sim em anunciar diretamente a pessoa de Jesus Cristo, e o Jesus crucificado, morto e ressuscitado, como procedeu Paulo, seu ensino da doutrina conduz ao conhecimento, o anúncio de Jesus Cristo e leva a conversão.
O programa Bento XVI , não se começa a ser cristão por uma decisão ética, ou uma grande idéia, mas começa-se pelo o encontro de um acontecimento, com uma pessoa que dá um novo horizonte a vida, e com isso uma orientação decisiva.
São Paulo modelo missionário, São Paulo é o protopodítico do verdadeiro apostolo missionário, por seu a seu anuncio querigmático, profundamente transformado por iluminação divina no caminho de Damasco, podemos vê-lo com as seguintes características de apostolo missionário.
Primeira característica Paulo era outro apostolo, não integrante do grupo dos doses, ele tinha plena consciência que havia sido chamado pelo o Senhor, segunda, procedente do judaísmo centrado na lei de Moisés, São Paulo partia de outro fundamento não mais da lei de Moisés, mas da própria pessoa Jesus Cristo, Ele que é o nosso único redentor e salvador. Terceira característica para ser outra apostolo e anunciar outro fundamento Paulo dirigiu-se a outro povo, não somente ao povo judaico, mas também aos povos pagãos, os gentis. Quarta o outro povo se encontrava em outros lugares, Paulo sempre teve como horizonte anunciar o único fundamento Jesus Cristo, lá onde outros não tinha ido.
Quinta característica, outro povo, em outro lugar possuía outra cultura, o protopodítico desta situação era o povo grego, com quem Paulo se encontrou em situação singular em Antenas, o encontro com a cultura ateniense é mais original ensaio de anuncio de enculturação no evangelho.
Sexta característica junto ao um novo fundamento, ou um novo povo, encontrado em outros lugares, possuidores de e outra cultura, Paulo dedicava-se predominantemente a outra atividade, não tanto batizar, o que delegava a seus auxiliares e continuadores das comunidades por ele formada, mas evangelizar, a primeira evangelização pelo anuncio querigmático de Jesus Cristo.
O estimulo irrecusável do testemunho de São Paulo se torne realidade alegremente vivido em cada igreja particular e impulsionado pelo ardor missionário de cada pastor.
