O cardeal Raymundo Damasceno presidiu nesta quinta-feira, 12, uma celebração a favor da vida no Santuário Nacional de Aparecida. Ainda hoje, o Supremo Tribunal Federal continua o julgamento da ação que pede a descriminalização do aborto de bebês anencéfalos.
Em sua homilia na missa que reuniu grávidas e mulheres com crianças de colo, Dom Damasceno destacou que o direito à vida está fundamentado na natureza, na essência do ser humano e que isso independe da religião ou da crença do homem.
“Não é só a Igreja que defende vida desde o começo, mas qualquer pessoa deve defender essa vida. A vida é sempre dom gratuito, o primeiro e maior dos direitos humanos e sobre o qual os outros direitos se fundamentam. Esse direito maior deve ser acolhido sem pré-condições. Não podemos ser a favor da vida só em partes. Temos que ser a favor completamente: ou somos a favor ou contra, não há meio termo”, disse o arcebispo de Aparecida.
Sobre o julgamento da possível descriminalização do aborto de bebês anencéfalos, em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF), o cardeal enfatizou que, independente da decisão do STF, não muda a responsabilidade com a consciência moral. Ele destacou que, mesmo os que não são religiosos, devem seguir sua consciência moral pelo fato do direito à vida ser um direito natural.
“Nem tudo que é legal é ético, é moral, é justo. Portanto, o fato de alguém não ser penalizado por uma eventual decisão do STF não exime ninguém da responsabilidade e dever de seguir sua consciência moral, guiada pela reta razão”, ressaltou.
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