Sexta-feira Santa

Via Sacra no Coliseu refletirá sobre dramas vividos pelas famílias

Um filho que aceita o mais desumano dos suplícios por amor a uma humanidade que não o acolheu. Um pai misericordioso presente no momento de máxima dor. Uma mãe que assiste a uma tragédia que se consuma diante dela e dentro dela. Se olharmos bem, o drama do Calvário é o drama de uma família.

Com os olhos e o coração de uma família, as reflexões da Via Sacra no Coliseu, em Roma, serão conduzidas nesta sexta-feira, 6, pelo casal Danilo e Anna Maria Zanzucchi, escolhidos pelo Papa Bento XVI. O casal têm 60 anos de matrimônio, cinco filhos e é membro do Movimento dos Focolares, um dos primeiros colaboradores de João Paulo II na formação do Pontifício Conselho para a Família.

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.: NA ÍNTEGRA: Meditações da Via Sacra deste ano

Danilo Zanzucchi destaca que a história de Jesus é também a história de uma família, porém, Ele também era Deus. "Como família, nós seguimos esse percurso de Jesus como se fosse de um filho nosso, porém Filho de Deus. Assim, com um respeito e também temor, porque este sofrimento que Ele viveu, que é o máximo que uma criatura pode suportar, tinha um significado de redenção, de amor profundo. E este para nós como casal é um grande sinal: quer dizer que o amor chegou a sua maior expressão”, explicou.

A Paixão e morte de Jesus é um drama de muito amor e redenção. “Quantas são as quedas nas nossas famílias”, escreve o casal nas meditações. “Quantas separações e sofrimentos”. Nesses momentos é precioso rezar e pedir: “Jesus, ajuda-nos a entender o que é o amor, ensina-nos a pedir perdão”.

Anna Maria recorda que é quase impossível encontrar uma família no mundo que não sofra, porque o sofrimento é próprio da natureza humana. "O relacionamento entre pais e filhos, o relacionamento conjugal, são todos relacionamentos construídos no dia-a-dia. E não são fáceis. Precisaria viver aquilo que viveu Jesus, isto é, ser um pouco vazio de si, deixando um pouquinho de si, de modo a poder amar e viver pelo outro”, destaca.

Segundo o casal, embora a família, como instituição, continue sendo atacada em muitas partes das sociedade, existem sinais de uma revalorização do papel familiar. E o que eles pretendem transmitir às famílias é a possibilidade de viver em comunhão com o amor de Deus. "É a experiência mais forte, mais doce, mais potente que uma pessoa pode fazer”, enfatizaram.

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