A diretora de Inteligência de Mercado do Sistema Globo de Rádio, Mariângela Ribeiro, proferiu a primeira palestra da XIIª Assembleia Geral da Unda Brasil e da VIª Assembleia da Rede Católica de Rádio (RCR), que acontece em Curitiba (PR), na manhã desta quarta-feira, 1º. A profissional falou sobre o tema “Convergência, comportamento, formato e conteúdo”.
Mariângela falou que o conteúdo que os meios de comunicação desejam transmitir, mesmo com o passar do tempo, continua basicamente o mesmo mas que a forma de veicular muda a cada dia.
Diante desta realidade, explicou que é necessário pensar como consumidores e não como produtores e mencionou o exemplo de um jornal lido por 5 milhões de pessoas. “Um dia um colunista deste veículo descobriu, por meio de uma pesquisa, que seu espaço era lido por apenas 200 pessoas. Na internet também é assim. O leitor só vai acessar o que lhe interessa”, argumentou.
Para que se chegasse a resposta do que, de fato, interessa o interlocutor, a palestrante assinalou que hoje em dia existem cinco gerações no mercado, que isso é inédito na história e que é preciso conhecer este público. Existe a geração Baby Boomers (46 a 64 anos), geração X (34 a 45 anos), a Y (13 a 33 anos) e a Z, que em breve estará no mercado (até 12 anos). “Em 20 anos, 50% das pessoas no mercado serão Y. Hoje a Y já representa 47% no Brasil”, informou.
“Enquanto gerações mais antigas pensam em transformações sociais, políticas, culturais, democracia e ditadura, a geração Y é formado por pessoas apolíticas, tecnológicas, digitais, globalizadas, multi, individualistas, não lineares”, destacou.
Pensando no consumidor, Mariângela orientou que é preciso compreender que, ao contrário do que muitos pensam, o Brasil é país onde as pessoas mais pagam imposto de renda pela internet, ou seja, a tecnologia no Brasil é acessível.
Explicou que “mundo beta é aquele que ainda está em desenvolvimento” e salientou: “Não se sintam frustrados se vocês tentarem desenvolver alguma coisa e não conseguirem terminar. Somos geração beta, que não tem fim! Tudo é experimental”.
“Todo mundo tem acesso hoje em dia e este “detalhe” faz toda diferença. Nestes acontecimentos do Rio de Janeiro, dos últimos dias, os maiores repórteres foram pessoas comuns, especialmente um menino que com um note book velho doado por sua escola tuitava o que via em tempo real”, considerou.
Ao fim, os presentes tiveram a oportunidade de fazer perguntas e interagir com a profissional. Ficou claro que existem desafios para falar e produzir conteúdos para as várias gerações.
“Entendo que foi uma tomada de consciência para todos nós para que busquemos responder estes desafios reformulando nosso modo de fazer nossa evangelização, sobretudo, abrindo novos canais para que o interlocutor participe”, afirmou a presidente da Rede Católica de Rádio, irmã Helena Corazza.
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