Mais de 70 mil jovens de Roma, Lazio e todos os cantos do mundo se encontraram com Bento XVI na noite desta quinta-feira, 25, para celebrar os 25 anos das Jornadas Mundiais da Juventude.
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O encontro aconteceu na Praça de São Pedro. O Papa chegou às 20h30min (em Roma – 16h30min em Brasília); antes, a partir das 19h, houve momentos de celebração, reflexão e apresentações, organizados pelo Serviço Diocesano da Pastoral da Juventude, de Roma.
O Pontífice respondeu a três perguntas fundamentais sobre a fé, propostas pelos jovens Giulia, Luca e Enrico.
Enrico perguntou ao Santo Padre como encontrar forças para tomar decisões corajosas e aceitar as renúncias que Jesus pede a cada um. Bento XVI ressaltou que as renúncias são possíveis e se tornam belas se têm um porquê que justifique a dificuldade da renúncia.
"A arte de ser homem exige renúncias, e as renúncias verdadeiras, que nos ajudam a encontrar a estrada da vida, a arte da vida, nos são indicadas na Palavra de Deus e nos ajudam a não cair no abismo das drogas, do álcool, da escravidão da sexualidade, da escravidão do dinheiro, da preguiça".
O Papa ressaltou que todas essas atitudes parecem plenas de liberdade em um primeiro momento, embora sejam "o começo de uma escravidão que se torna sempre mais insuperável. Ser capaz de renunciar à tentação do momento, andar adiante rumo ao bem cria a verdadeira liberdade e faz preciosa a vida. Nesse sentido, me parece, devemos ver que sem um 'não' a certas coisas não cresce o grande 'sim' à verdadeira vida, como a vemos nas figuras dos santos".
Olhar e vida eterna
A jovem Giulia revelou ao Papa que não consegue imaginar o que seja a vida eterna, mas que deseja fazer de sua vida "algo de belo e grande".
"Nenhum de nós está capacitado para imaginar a vida eterna, porque está fora da nossa experiência. No entanto, podemos começar a compreender o que seja a vida eterna, e penso que vós, com vossa pergunta, nos deu uma descrição do essencial da vida eterna, isto é, da verdadeira vida: não desperdiçar a vida, vivê-la em profundidade, não viver para si mesmo, não viver apenas por viver, mas viver realmente a vida na sua riqueza e na sua totalidade", respondeu Bento XVI.
E agregou: "Este é o ponto essencial: conhecer, com a ajuda da Igreja, da Palavra de Deus e dos amigos, a vontade de Deus, seja em linhas gerais, comuns a todos, seja na realidade concreta da minha vida pessoal. Assim, a vida torna-se, talvez, não muito fácil, mas bonita e feliz".
Por sua vez, o jovem Luca questionou como seria possível, também hoje, viver a experiência de ser olhado por Jesus, ao que o Pontífice indicou:
"O primeiro ponto para se encontrar com Jesus, para fazer a experiência de Seu amor é conhecê-lo. Conhecer Jesus implica diversas vias. Uma primeira condição é conhecer a figura de Jesus como nos aparece nos Evangelhos, […] falar com Jesus na oração. falar com Jesus na oração. […] Escutar, responder, entrar na comunidade dos fiéis, comunhão com Cristo nos sacramentos, onde se dá a nós, seja na Eucaristia, seja na Confissão, etc, e, finalmente, fazer, realizar as palavras da fé, que se tornam força da minha vida, e eis que aparece verdadeiramente, também a mim, o olhar de Jesus e Seu amor me ajuda, me transforma".
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