“Mediterrâneo, mar dos direitos violados”. Este foi o principal tema da da palestra do secretário do Pontifício Conselho da Pastoral para Migrantes e Itinerantes, Dom Agostino Marchetto, durante um congresso na Pontifícia Universidade Gregoriana.
“Os países europeus consideram o Mediterrâneo como um mar de exclusiva propriedade. Limitaram, ou em certos casos, suprimiram, a possibilidade de ingresso legal em seus territórios. Sendo assim, quem quer emigrar deve obrigatoriamente percorrer a via do tráfico e do contrabando de seres humanos”, afirmou Dom Marchetto.
Em seu discurso, o arcebispo recordou que os países deveriam respeitar a Convenção de Genebra de 1951 sobre o status do refugiado, os tratados internos de extradição, transito e readmissão de cidadãos estrangeiros e asilo, como a Convenção de Dublin, de 1990, e a Declaração de Direitos Humanos, de 1950.
Estes documentos estabelecem que “ninguém pode ser transferido, expulso ou extraditado para um país onde exista risco de que seja condenado à morte, torturado ou submetido a qualquer forma de punição ou tratamento degradante o desumano. No entanto, estas convenções são violadas”, lamentou o do secretário do Pontifício Conselho.
No evento, foi anunciada a coletiva de imprensa para a apresentação do VI Congresso Mundial da Pastoral para os Migrantes e os Refugiados, que terá como tema “Uma resposta pastoral ao fenômeno migratório na era da globalização”.
O Congresso será de 9 a 12 de novembro, no Vaticano. A coletiva contará com a presença do presidente do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Refugiados, Dom Antonio Maria Vegliò, e de Dom Agostino Marchetto.
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