"A Eucaristia torna presente o sacrifício da Cruz, nos permite viver fielmente em comunhão com Deus", disse o Papa Bento XVI na Santa Missa da Solenidade de Corpus Christi celebrada hoje, 11, na Basílica de São João de Latrão. Após o rito, o Santo Padre conduziu a procissão à Basílica de Santa Maria Maior.
A Última Ceia, a Páscoa celebrada por Jesus com seus discípulos, a instituição da Eucaristia como antecipação e aceitação de Jesus pela sua morte, são algumas das passagens que foram recordadas por Bento XVI durante sua homilia, para explicar o Sacrifício Eucarístico, que é renovado nas palavras: "Este é o meu Corpo, este é o meu Sangue".
"Um sacrifício onde se realiza 'a expiação dos pecados' mas que se completa na Nova aliança, confirmada 'não com sacrifícios de animais', mas com o Sangue de Jesus, que se tornou o "sangue da Nova Aliança". Jesus é o 'mediador' de um novo pacto, 'ao mesmo tempo uma vítima digna de Deus, porque não tinha mancha. O sumo sacerdote que se oferece, sob o impulso do Espírito Santo, e intercede por toda a humanidade'", acrescentou o Papa.
"A cruz é, portanto, o mistério do amor e da salvação, que purifica, como disse a Carta aos Hebreus, a consciência das 'obras mortas', isto é, do pecado, e santifica-nos esculpindo a Nova Aliança em nossos corações. A Eucaristia renova o sacrifício da Cruz e nos permite viver fielmente em comunhão com Deus".
Falando diretamente para os fiéis presentes na Celebração, o Santo Padre recordou como Deus plasma seu povo: "único Corpo de Cristo, graças a nossa sincera participação na dupla mesa da Palavra e da Eucaristia".
"Nutridos por Cristo, nós, seus discípulos, recebemos a missão de ser 'alma' em nossa cidade, fermento de renovação, o pão "partido" por todos, especialmente para aqueles que estão em situação de exclusão, pobreza e sofrimento físico e espiritual. Tornando-nos testemunhas do seu amor", destacou.
Aos sacerdotes pediu para "serem Eucaristia", testemunhas da alegria, um exemplo de devoção. Destacando o "risco de uma crescente secularização dentro da Igreja, que pode resultar em uma Adoração Eucarística formal e vazia", os convidou a renovar "a fé na presença real de Cristo na Eucaristia".
Com "o 'Pão da Vida eterna', o céu vem sobre a terra, o amanhã de Deus se manifesta no presente e o tempo é como que abraçado pela 'Eternidade Divina'".
Após a Missa, Bento XVI conduziu a tradicional Procissão Eucarística para a Basílica de Santa Maria Maior invocando Jesus a fim de purificar "este mundo do veneno do mal, da violência e do ódio".
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