Bento XVI encontrou-se na manhã de hoje, 25, com os fiéis e peregrinos de todas as partes do mundo na Praça São Pedro para a habitual audiência geral das quartas-feiras. Na catequese, o Papa falou sobre São Máximo, que mereceu o título de "Confessor" devido a valentia com a qual testemunhou e confessou a fé em Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem.
São Máximo nasceu na Palestina, por volta do ano 580. Dali, partiu para Constantinopla e chegou a África, onde se distinguiu pela ortodoxia de sua fé. O Santo defendia a íntegra natureza divina e humana de Cristo.
"Em Roma, no Concílio Lateranense, convocado pelo Papa Martinho Primeiro, São Máximo defendeu a divindade e a humanidade de Cristo contradizendo o edito imperial que proibia discutir essa questão. Por este motivo, pouco tempo depois, foi julgado e, após ser acusado de herege, lhe amputaram a língua e a mão direita, já que tinha combatido com palavras e com seus escritos a doutrina herrônea da única vontade de Cristo", explicou o Papa.
Foi, por fim, exilado para Colchide, onde morreu, em 13 de agosto de 672, depois de muito sofrimento.
O exemplo de São Máximo, que deu testemunho de sua fé, nos anima a confessar Cristo como o único Salvador do mundo e a encontrar N'Ele o valor mais alto de nossa vida.
Na conclusão da audiência geral, o Papa dirigiu a sua saudação aos vários grupos presentes nas suas respectivas línguas, inclusive, aos grupos de língua portuguesa: "Saúdo agora os fiéis de língua portuguesa da Missão católica de Sion (na Suíça) e da comunidade que vive à sombra do benemérito Convento franciscano do Varatojo (no Patriarcado de Lisboa), e todos os peregrinos vindos do Brasil e demais países lusófonos. Viestes a Roma, junto do túmulo dos Apóstolos, revigorar a vossa fé cristã e os vínculos de amor e de obediência à Igreja, que Jesus quis fundar sobre Pedro. Que os vossos corações, fortes na fé, possam estar sempre ao serviço do amor de Deus, e que as suas bênçãos desçam abundantes sobre vós e sobre as vossas famílias"!
Estátua de São Luiz Orione
O Papa Bento XVI, antes de dar início à audiência geral na Praça São Pedro, abençoou a estátua de São Luiz Orione, que foi colocada no exterior da Basílica Vaticana. A cerimônia concluiu as iniciativas que os religiosos e religiosas da Pequena Obra da Divina Providência, promoveram a partir da canonização de seu fundador, em 16 de maio de 2004.
"Naquela ocasião, João Paulo II definiu São Luiz Orione um 'homem que se entregou totalmente à causa de Cristo e de seu Reino'. O coração deste artífice da caridade 'não teve confins'. Este humilde filho de um operário proclama que somente a caridade salvará o mundo e a todos repete que a perfeita alegria só pode ser encontrada na perfeita dedicação de si mesmo a Deus e aos homens, a todos os homens", explicou o diretor geral da Obra Dom Orione, padre Flavio Peloso.
"O escultor escolhido para realizar a obra é Alessandro Romano, que aceitou a importante tarefa. Ele realizou, primeiramente, um modelo em argila de cerca de 1,3 metros de altura. Depois, realizou um segundo de quase três metros, para realizar um estudo mais atento das particularidades somáticas do rosto de São Luiz Orione. Superada esta fase, chegou-se à realização definitiva. Dom Orione, coloca a mão direita sobre o livro dos Evangelhos onde está escrita uma frase que resume a sua vida: 'Somente a caridade salvará o mundo'. Ao seu lado, uma criança fora das ruínas, aludindo ao socorro prestado às vítimas de terremotos e aos irmãos mais necessitados", acrescentou Padre Peloso.
A estátua foi construída em mármore de Carrara, alta cinco metros e quarenta centímetros e pesa cerca 25 toneladas.