Igreja e ciência

O telescópio é um instrumento que ajuda a procurar Deus

O diretor do Observatório Astronómico do Vaticano assegurou que a Igreja não tem medo da ciência e que "o telescópio é um instrumento que ajuda a procurar Deus".

O jesuíta argentino José Gabriel Funes falava à margem da conferência internacional sobre formação e evolução das galáxias em forma de disco, a decorrer na Universidade Gregoriana de Roma.

Este responsável defende que a ciência serve para questionamentos que vão "além das questões científicas" e permite aos fiéis poder "perceber a existência de Deus". O Pe. Funes lembrou ainda que, em muitos ramos da pesquisa científica, os sacerdotes e homens da Igreja têm sido os primeiros a apresentar estudos inéditos.

Um total de 210 astrónomos de 26 países do mundo participam, de 1 a 5 de Outubro, na conferência internacional organizada pelo Observatório Astronômico do Vaticano.

O Observatório Vaticano foi fundado em 1891 por Leão XIII para mostrar que "a Igreja e os seus pastores não se opõem à ciência autêntica e sólida, tanto humana como a divina, mas abraça-a, impulsiona-a e promove-a com a mais completa dedicação".

Apesar de a sede central do Observatório Vaticano ser em Castel Gandolfo, fundou-se um segundo centro de pesquisa, “The Vatican Observatory Research Group” (VORG) em Tucson, Arizona (EUA) no ano de 1981, quando o céu de Roma estava demasiado brilhante para a observação. Este segundo centro é uma das maiores e mais modernas instituições de observação astronômica.

Em 1993, em colaboração com o Steward Observatory, o Observatório Vaticano completou a construção do Vatican Advanced Technology Telescope (VATT) no Monte Graham, Arizona, considerado um dos melhores lugares astronômicos na América do Norte continental.

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