O PT aprovou em seu congresso nacional no final de semana uma resolução sobre as mulheres pedindo a descriminalização do aborto. Cerca de 70% dos votos foram favoráveis. Na proposta inicial se defendia a legalização do aborto.
À frente da investida abortista estavam a ministra de Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, e a deputada federal pelo Espírito Santo Iriny Lopes. Na ala contrária, a ex-deputada Ângela Guadagnin defendia que uma questão não fosse imposta sem consenso. Foi vaiada e mulheres, de mãos dadas, deram-lhe as costas. Iriny Lopes ainda provocou as correntes católicas do partido dizendo: "somos um partido socialista e laico"…
Como ficam agora os petistas católicos? Poderão manter-se sob a legenda sem entrarem em conflito com a exigência de sua fé? O resultado foi contundente: de cada 10 petistas, 7 são favoráveis que o aborto não seja considerado um crime. Mas para quem entende que a vida começa com a fecundação, como considerar o aborto de outra forma, senão como uma agressão covarde contra inocentes?
Poderão alegar que o partido não é a favor do aborto; só deseja que deixe de ser tratado como crime… As consciências serão satisfeitas? E como conviverão com as insistentes empreitadas pró-aborto? Haverá meios de ainda se enfrentar essa tendência dentro do PT? Difícil!