Análise

Caritas comenta Acordo de Paris: trabalho duro começa agora

Acordo de Paris deve ser assinado nesta sexta-feira; Caritas acredita que o trabalho duro começa agora

Da Redação, com Rádio Vaticano

Com a assinatura do Acordo climático de Paris, prevista para esta sexta-feira, 22, o trabalho duro começa agora. Essa é a consideração da Caritas Internacional ao comentar o encontro dos líderes mundiais na sede da Nações Unidas, em Nova Iorque, para a cerimônia de assinatura do Acordo. Para que entre em vigor, o texto deve ser ratificado por pelo menos 55 países.

A Caritas considera que esse é um evento histórico e que o texto do acordo dispõe normativas internacionais para fazer frente à mudança climática, reconhecendo-a como uma autêntica ameaça para a população mundial e para o planeta. Por isso, a entidade deixa um apelo pedindo a rápida aplicação do acordo. “Chamamos todos os governos do mundo a evitar qualquer tipo de atraso na ratificação e a proceder com firmeza segundo as normativas nacionais”.

A entidade destaca também os aspectos positivos e negativos do Acordo. Entre os negativos, cita a ausência de garantias vinculantes no que se refere aos Direitos Humanos, ao uso respeitoso da Terra e à segurança alimentar. Também não enfrenta os problemas da demanda de consumo nem do comércio internacional. Entre seus aspectos positivos, estão a meta a longo prazo para limitar o aquecimento e um mecanismo de revisão quinquenal.

“Ainda que não represente a resposta perfeita, o Acordo de Paris é o único instrumento internacional que existe hoje e sobre o qual se basearão as políticas nacionais no futuro. Sendo um marco internacional, o Acordo deve ser completado em nível nacional mediante uma interpretação e uma implementação que leve realmente em consideração os mais vulneráveis e que promova os Direitos Humanos”.

As organizações da Caritas garantem sua participarão em atos de conscientização pública em seus respectivos países e no diálogo com os governos, para continuar contribuindo aos esforços mundiais a fim de deter as mudanças climáticas e proteger as pessoas.

“Celebramos a cerimônia de assinatura do Acordo de Paris no Dia da Terra. Todavia, o trabalho duro começa agora”, finaliza a instituição.

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