Entre as regiões mais afetadas está Papua-Nova Guiné com a menor disponibilidade de água potável, segundo relatório da WWC
Ansa
Um relatório divulgado nesta terça-feira, 21, pelo Conselho Mundial da Água (WWC, na sigla em inglês) revela que há 923 milhões de pessoas sem acesso a água potável no mundo inteiro.
De acordo com o estudo publicado por ocasião do “Dia Mundial da Água”, celebrado nesta quarta-feira, 22, na quantidade total de habitantes sem água está incluso 319 milhões da população da África, equivalente a 32%; 554 milhões de asiáticos (12,5%); e 50 milhões de sul-americanos (8%).
Entre as regiões mais afetadas estão Papua-Nova Guiné com a menor disponibilidade de água, apenas 40% da população tem acesso a fontes potáveis, seguido da Guiné Equatorial (48%), Angola (49%), Chade e Moçambique (51%), da República Democrática do Congo e Madagáscar (52%), e Afeganistão (55%).
Neste ano, o “Dia Mundial da Água” é dedicado ao desperdício de água. Segundo o presidente do Conselho Mundial da Água, Benedito Braga, “aproximadamente 90% das águas residuais do mundo são despejadas no meio ambiente sem tratamento, enquanto mais de 923 milhões de pessoas no mundo não tem acesso a água potável”.
O Conselho Mundial da Água – que reúne mais de 300 entidades de 50 países – tem apelado a todos os governos para se concentrarem em questões relacionadas aos recursos hídricos e para destinarem uma grande parte de sua verba para garantir que todo o mundo tenha água. Atualmente 12% da população mundial não tem acesso a fontes potáveis e 3,5 milhões de mortes por anos são atribuídas a doenças ligadas à água. Em todo o mundo, o custo total da insegurança da água para a economia global é avaliado em US$500 bilhões por ano. Mas, se for incluído o impacto ambiental, esse valor pode aumentar para 1% do Produto Interno Bruto (PIB) global.