Francisco recordou momentos marcantes da viagem à Albânia, como a comoção diante dos testemunhos de dois sobreviventes da perseguição comunista
Jéssica Marçal
Da Redação
O Papa Francisco dedicou a catequese desta quarta-feira, 24, para falar de sua viagem à Albânia, realizada no último domingo, 21. O Santo Padre recordou momentos marcantes da viagem e renovou seu agradecimento a todos os que colaboraram para sua visita.
Acesse
.: Todas as notícias sobre a viagem do Papa à Albânia
.: Íntegra da catequese
A Albânia é um país que, por longos anos, sofreu com um regime ateu e desumano, mas agora está vivendo uma experiência de convivência pacífica entre as diferentes religiões. Francisco afirmou achar importante encorajá-los neste caminho, motivo pelo qual o centro da viagem foi um encontro inter-religioso. “Aquilo que as várias expressões religiosas têm em comum, de fato, é o caminho da vida, a boa vontade de fazer o bem ao próximo, não renegando ou diminuindo as respectivas identidades”.
Outro momento marcante da viagem do Pontífice ao país foi a celebração das Vésperas com padres, pessoas consagradas, seminaristas e representantes de movimentos leigos. Na ocasião, Francisco pôde ouvir o testemunho de um padre e de uma freira que foram vítimas da perseguição por parte do regime comunista.
Sua Santidade falou da comoção desse momento em que se fez memória dos mártires albaneses. Segundo ele, por intermédio da união íntima com Jesus surgiu para esses mártires a força de enfrentar os acontecimentos dolorosos pelos quais passaram.
“Também hoje, como ontem, a força da Igreja não é dada tanto pela capacidade de organização ou das estruturas, que são necessárias, mas a Igreja não encontra sua força ali. A nossa força é o amor de Cristo!”.
Nas principais ruas de Tirana, capital albanesa, os retratos de quarenta sacerdotes assassinados durante a ditadura comunista também impressionaram o Santo Padre. Além deles, Francisco também mencionou as centenas de religiosos cristãos e muçulmanos que foram mortos, torturados, presos e deportados só porque acreditavam em Deus.
“A recordação desses acontecimentos dramáticos é essencial para o futuro de um povo. A memória dos mártires, que resistiram na fé, é garantia para o destino da Albânia; porque seu sangue não foi derramado em vão, mas é semente que levará a frutos de paz e de colaboração fraterna”.
O Papa agradeceu a Deus por ter tido a oportunidade de se encontrar com esse povo “corajoso e forte”. E renovou seu convite ao povo albanês a prosseguirem no caminho do bem para construir o presente e o futuro do país e da Europa.
Assista: