Na homilia, o Papa Francisco disse que Cristo, na paternidade do bispo, adiciona novos membros ao seu Corpo, que é a Igreja
Da redação, com Rádio Vaticano
Neste sábado, 19, solenidade de São José, o Papa Francisco presidiu à Santa Missa na basílica São Pedro, com a ordenação episcopal de Dom Peter Brian Wells, Núncio Apostólico na África do Sul, Botswana, Lesotho e Namíbia, e Dom Miguel Ángel Ayuso Guixot, Secretário do Pontifício Conselho para o Diálogo inter-religioso.
Na homilia, o Pontífice recordou antes de tudo que foi o próprio Jesus que enviou ao mundo os apóstolos e, para perpetuar esta missão, os doze se rodearam de colaboradores transmitindo-lhes o dom do Espírito Santo com a imposição das mãos, mas no bispo, circundado pelos seus presbíteros, está sempre presente Cristo.
“É Cristo, de fato, que no ministério do bispo continua a pregar o Evangelho da salvação e a santificar os crentes, mediante os sacramentos da fé. É Cristo que na paternidade do bispo adiciona novos membros ao seu Corpo, que é a Igreja. É Cristo que na sabedoria e prudência do bispo guia o povo de Deus na peregrinação terrena até à felicidade eterna.”
Novos bispos
Aos novos bispos, Francisco recordou que foram escolhidos entre os homens e para os homens e constituídos para as coisas do alto, ressaltando a importância de estar ao serviço do povo de Deus. A primeira tarefa do bispo é a oração, a segunda o anúncio da palavra e depois vem o resto.
Ao bispo compete mais servir que dominar, segundo o mandamento do Mestre: ‘Quem é o maior entre vós seja como o menor. E quem governa como quem serve sede sempre servidores’”, disse o Papa.
Fiéis guardiães
O Santo Padre exortou ainda os bispos a serem na Igreja que lhes for confiada, fiéis guardiães e administradores dos mistérios de Cristo, seguindo sempre o exemplo do Bom Pastor, que conhece as suas ovelhas e é conhecido por elas e por elas. “Por detrás de cada carta que receberem está sempre uma pessoa, disse Francisco, ressaltando ainda:
“Amai com amor de pai e de irmão todos aqueles que Deus vos confiar. Antes de tudo, amai os sacerdotes e os diáconos (…) O primeiro próximo do Bispo é o seu presbítero. Se tu não amas o primeiro próximo, não serás capaz de amar a todos. Próximos dos presbíteros, diáconos e dos vossos colaboradores, mas também próximos dos pobres, os indefesos e aqueles que necessitam de acolhimento e ajuda”.
Ao concluir, Francisco recomendou aos Bispos para prestarem atenção nos que ainda não pertencem ao único rebanho de Cristo, a trazerem sempre consigo a preocupação por toda a Igreja, unidos ao colégio dos bispos e a vigiarem com amor por todo o rebanho em nome do Pai, de Jesus Cristo, seu Filho e do Espírito Santo que dá vida à Igreja e pelo seu poder nos sustenta na nossa fraqueza.