Viagem do Papa a Florença foi uma grande festa popular, diz cardeal

O arcebispo de Florença disse que a frase mais ouvida entre o povo quando o Papa passava era “Francisco, nós lhe queremos bem!”

Da Redação, com Rádio Vaticano

Multidão acompanha Missa do Papa em Florença / Foto: Reprodução CTV

Multidão acompanha Missa do Papa em Florença / Foto: Reprodução CTV

O arcebispo de Florença, Cardeal Giuseppe Betori, capital da região italiana da Toscana, que recebeu o Papa Francisco na última terça-feira, 10, disse que a visita do pontífice foi uma grande festa popular. O Papa esteve na cidade por ocasião do Congresso Eclesial Nacional.

Em entrevista a Rádio Vaticano o arcebispo, que acompanhou o Papa durante todo o dia, destacou que sua dedicação ao povo é algo de admirável.

“Seu estar no meio de nós, com essa disponibilidade, acariciar as crianças, ir ao encontro das pessoas como se deu no almoço com os pobres, os gestos com os detentos: uma série de atenções que fazem-no realmente próximo das pessoas. Por isso o povo não tem dificuldade a querer bem a um homem assim, a um pastor desse modo. Claro, o problema é para nós – digamos assim, é para nós pastores, que temos este outro exemplo a seguir. Porém, ele nos diz também como fazer para estar alinhado com ele: basta sermos pastores no meio do povo.”

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A expectativa dos florentinos, que aguardavam o Papa como um pai, foi atendida. O cardeal disse que a frase mais ouvida ao longo do caminho até o estádio municipal era: “Francisco, nós lhe queremos bem!”

“Essa é expressão de um sentimento de afeto. A outra era: ‘Grande Francisco!’, ou seja, o reconhecimento da importância daquilo que está fazendo pela Igreja neste momento. Por fim, a outra era: ‘Resiste Francisco!’ E um florentino disse ainda: ‘Francisco, siga adiante!’, isto é, não olhe para os empecilhos, não se deixe estagnar! Trata-se de alguém que expressou o sentido de apoio que o povo dá neste momento à ação do Papa na Igreja e na sociedade.”

Sobre o discurso na Catedral de Florença, dirigindo-se ao Congresso Eclesial Nacional, Dom Giuseppe Betori, destacou o trecho em que Francisco fala de uma Igreja livre, obediente somente ao Evangelho. O cardeal explicou que a liberdade da Igreja não é uma liberdade sem referências, mas que a grande referência, é o Evangelho, é a pessoa de Jesus.

“Portanto, não é simplesmente uma questão de atitudes, mas é uma forte referência a nossa ligação com Cristo. Diria que esta é a verdadeira mensagem que o Papa nos dá hoje: quando nos referimos a Cristo somos livres de tudo e de todos. E tudo o mais são coisas secundárias que pertencem aos tempos e que mudam, são modeladas segundo as necessidades das pessoas.”

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