O Papa Bento XVI meditou no discurso que antecede a oração mariana do Angelus, neste domingo, 28, sobre o trecho de Evangelho de São Mateus, no qual Jesus explica aos discípulos que deverá padecer em Jerusalém, morrer e ressuscitar ao terceiro dia. (Mt 16,21)
Diante daquilo que foi dito por Jesus, os discipulos o contestam dizendo que não é possivel que o Filho de Deus padeça sobre a cruz.
"Parece evidente a divergência entre o desígnio de amor do pai, que chega ao ponto de doar seu Filho Unigênito à cruz para salvar a humanidade, e as expectativas, os projetos e os desejos dos discípulos", disse o Papa.
Trazendo o Evangelho para os dias atuais, o Santo Padre afirmou que este constraste, que se funda na falta de aceitação do desígnio de Deus, também se repete hoje.
.:NA ÍNTEGRA: Angelus de Bento XVI
"Quando a realização da própria vida se orienta somente ao sucesso social, ao bem estar físico e econômico, não se raciocina mais segundo Deus", afirmou o Pontífice.
Bento XVI explicou ainda sobre este renunciar a si mesmo, que é a condição necessária para o seguimento de Jesus. De acordo com ele, o cristão segue verdadeiramente o Senhor, quando aceita com amor a própria cruz.
Ao final da colocação, o Papa pediu a intecessão da Virgem Maria e de Santo Agostinho, do qual se faz memória hoje, para que cada cristão saiba seguir o Senhor no caminho da cruz.
"Que cada um de nós saiba seguir o Senhor no caminho da cruz e se deixe transformar pela graça divina, renovando o modo de pensar para poder discernir a vontade de Deus, aquilo que é bom, agradável e perfeito, ressaltou Bento XVI.