Seis bombas foram colocadas em três igrejas e grandes hotéis no país e deixaram centenas de mortos e feridos
Da redação, com Vatican News
O Papa Francisco expressou seu pesar pelos ataques ocorridos na manhã deste domingo, 21, durante a missa de Páscoa, em três igrejas do Sri Lanka. As explosões aconteceram também em quatro hotéis de luxo do país, e deixaram centenas de mortos e feridos. Após ler sua mensagem de Páscoa, neste domingo, no Vaticano, o pontífice condenou os ataques:
“Recebi com tristeza e dor a notícia dos graves atentados que, precisamente hoje, no dia da Páscoa, levaram luto e dor a algumas igrejas e outros locais de encontro no Sri Lanka. Desejo manifestar minha afeição proximidade à comunidade cristã, atingida enquanto estava reunida em oração e a todas as vítimas dessa violência cruel. Confio ao Senhor os que faleceram tragicamente e rezo pelos feridos e por todos aqueles que sofrem por causa deste acontecimento dramático”.
As igrejas atingidas foram a Igreja de Sião de Batticaloa, a Igreja de Santo Antônio de Kochchikade e a Igreja de São Sebastião de Negombo.
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Igreja no Sri Lanka
Ao receber as notícias da tragédia, o cardeal Malcolm Ranjith, arcebispo de Colombo, expressou “condolências pelas vítimas” e convidou a rezar pelo país.
A ilha chora as vítimas cristãs e, ao mesmo tempo, lança uma campanha para coleta de sangue em todos os hospitais.
Também o cardeal Ranjith, em uma coletiva de imprensa, convidou todos os cidadãos a dirigirem-se às clínicas para sangue e pediu aos médicos, no dia de descanso para as férias, para voltarem ao serviço e “salvar pelo menos uma vida”. Ao mesmo tempo, tentou consolar a comunidade cristã da ilha, pedindo à população para manter a calma.
No momento, o balanço provisório de vítimas fala de 27 mortos na Igreja de Batticaloa de Sião, 160 feridos na Igreja de Santo Antônio em Kochchikade e outros 50 mortos na Igreja de São Sebastião, em Negombo.
Um ministro que foi ao local do massacre na Igreja de Santo Antônio descreve “cenas horríveis”, com “pedaços de corpos espalhados por toda parte”. Os atentados ainda não foram reivindicados por nenhum grupo.
O Papa Francisco visitou o país em janeiro de 2015. Os cristãos são pouco mais de 7% da população de maioria budista.