A pergunta que ressoa em toda a Igreja nos tempos atuais, fortemente presente no Sínodo dos Bispos para a Nova Evangelização, ocorrido no último mês de outubro, também ressoa no coração do Santo Padre.
Na catequese desta quarta-feira, 28, o Papa trouxe respostas acerca das interrogações que surgem mediante a necessidade de anunciar o Reino de Deus “aos corações fechados dos nossos contemporâneos”, conforme expressou Bento XVI.
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.: NA ÍNTEGRA: Catequese do Papa – 28/11/2012
Para o Papa, o falar de Deus passa pela condição primeira de escutá-lo e comunicar aquilo que o próprio Deus por primeiro comunicou. Além disso, ter claro que o Deus que se quer anunciar não é um Deus abstrato, “uma hipótese, mas um Deus concreto, um Deus que existe, que entrou na história e está presente na história; o Deus de Jesus Cristo como resposta à pergunta fundamental do porquê e do como viver.”
Segundo Bento XVI, a metodologia do anúncio precisa imitar os métodos que o próprio Deus escolheu para comunicar-se ao mundo: a humildade e a simplicidade. “É necessário recuperar a simplicidade”, disse o Papa, e retornar à essência do anúncio: “A Boa Notícia de um Deus que é real e concreto, um Deus que se interessa por nós, um Deus-Amor que se faz próximo de nós em Jesus Cristo…"
Para falar de Deus, explica Bento XVI, é preciso escutá-lo e conhecê-lo; dar-lhe espaço com simplicidade e alegria, colocando-o no centro da comunicação; utilizar com sabedoria a famíilia como lugar primeiro da evangelização; e por fim, mas não menos importante, traduzir na vida, com gestos, palavras e ações concretas o Evangelho que se quer anunciar.
“O nosso modo de viver na fé e na caridade torna-se um falar de Deus no hoje, porque mostra com uma existência vivida em Cristo a credibilidade, o realismo, daquilo que dizemos com as palavras, que não são somente palavras, mas mostram a realidade, a verdadeira realidade.”
Bento XVI encerrou a catequese propondo que o Ano da Fé seja para todos uma ocasião de descoberta de novos caminhos, a nível pessoal e comunitário, para que em cada lugar o Evangelho seja “sabedoria de vida e orientação da existência”.