O Pontífice se encontrou com membros da Ordem dos Clérigos Regulares e os encorajou a seguir em frente com abertura ao Espírito, firmemente enraizada na oração e serviço aos pobres
Da redação, com Vatican News
Neste sábado, 15, o Papa Francisco se reuniu com membros da Ordem dos Clérigos Regulares Teatinos. São Caetano, Giampietro Caraffa (mais tarde conhecido como Papa Paulo IV), Bonifacio De Colle e Paolo Consiglieri fundaram a Ordem dos Clérigos Regulares, Theatine, em 1524, com o objetivo de formar um grupo de clérigos que vivem fielmente o Evangelho, aderindo aos Santos Cânones e que aderem à vida fraterna em comum sob três votos religiosos.
Ao dar as boas-vindas ao grupo por ocasião do 164º Capítulo Geral, o Papa destacou como eles contribuíram com a providência de Deus ao longo desta longa história. Comentando o tema de seu Capítulo Geral, o Papa apreciou a ênfase que deram à “missão” e ao “sair” no mundo para evangelizar de uma forma que envolva cada cristão e cada comunidade, fortemente enraizada na vida espiritual e expressa de forma concreta através de atos de caridade.
Santos como um “evangelho vivo”
Elogiando o testemunho de São Caetano, sua busca pela santidade pessoal e contribuindo para a reforma da Igreja, o Papa disse que nos oferece um guia, um “evangelho vivo” que nos ajuda a avançar em nosso caminho pessoal e comunitário. Este testemunho aponta para Jesus Cristo, Aquele a quem todos somos chamados a imitar, enquanto podemos aprender e imitar os Santos que encontraram diferentes caminhos com dinamismo espiritual para viver a própria vocação cristã. O Papa disse que o desafio é como traduzir esse testemunho em nosso mundo moderno, e elogiou os teatinos por se concentrarem em maneiras de viver seu carisma em resposta aos desafios de hoje, enquanto enraizados em sua identidade.
Foco na identidade
Recordando o foco na identidade, o Papa mencionou um aspecto em particular a respeito de São Caetano que a reforma deve começar por si mesmo. Relatando a experiência inicial do Santo, quando viu a generalizada degradação espiritual e moral dos tempos, ele cultivou sua própria oração e formação espiritual, e depois foi ministrar aos doentes no hospital. O Papa disse que estes são os “verdadeiros reformadores” da Igreja, quando olham para suas próprias vidas e como viver o Evangelho de forma mais profunda e coerente, ao mesmo tempo em que alcançam os outros e os ajudam em sua jornada de fé.
Viver em comunhão
O segundo objetivo que os teatinos estão discutindo é a comunhão, observou o Papa, e lembrando o testemunho de São Caetano, o Papa disse que não foi sozinho, ele criou uma comunidade de clérigos regulares com a mesma missão de viver o Evangelho, imitando o primeiros apóstolos. E embora existam exemplos heroicos de viver esta vida comunitária, o Papa disse que muitas vezes a vida comunitária cristã é composta de muitos pequenos gestos diários de cuidado, apoio e solidariedade uns com os outros, gestos que os sustentam em seus ministérios fora. Ele os encorajou a falar abertamente uns com os outros e sempre evitar o dano da fofoca, que pode prejudicar uma comunidade.
Missão no mundo de hoje
Por fim, o Papa recordou o seu enfoque na missão para discernir os sinais dos tempos para melhor anunciar e viver o Reino de Deus entre todos os povos. Ele encorajou os Teatinos a continuar neste caminho e caminho, servindo uns aos outros e à Igreja, que hoje como ontem precisa desta paixão e serviço. Ele também os encorajou a serem flexíveis, a evitar qualquer rigidez, mas firmemente enraizados no essencial da oração, adoração, vida comum, caridade fraterna, pobreza e serviço aos pobres.
Concluindo, o Papa recordou que São Caetano evangelizou sua cidade natal, Buenos Aires, e sua festa de 7 de agosto marca um grande acontecimento para a cidade, quando o povo o venera como o “padroeiro do pão e do trabalho”. O Papa rezou por sua intercessão e pela bem-aventurada Virgem Maria para acompanhar os Teatinos em sua jornada e compromisso de comunhão e missão.