Na manhã desta sexta-feira, 23, na Sala Clementina do Palácio Apostólico Vaticano, o Papa Bento XVI recebeu em audiência os participantes do 23º Congresso Mundial do Apostolado do Mar. Na ocasião, o Santo Padre lembrou que os que atuam neste apostolado são apóstolos fiéis da missão de anunciar o Evangelho e convidou-os a manifestar a face solidária da Igreja, que acolhe também o povo marítimo e se faz próxima a eles.
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.: NA ÍNTEGRA: Discurso do Papa – Congresso do Apostolado do Mar
O Congresso, realizado entre os dias 19 e 23 deste mês, teve como tema: “Nova evangelização no mundo marítimo. Novos meios e instrumentos para proclamar a Boa Nova”.
“Deste modo, vós responderdes ao apelo que dirigi a todos no Ano da Fé, para “dar renovado impulso à missão de toda a Igreja … para ajudar todos os crentes em Cristo a tornar mais consciente e a revigorar a sua adesão ao Evangelho” (Motu proprio Porta fidei, 8)”, disse o Pontífice.
Bento XVI lembrou ainda que, desde o alvorecer do cristianismo, o mundo marítimo tem sido veículo eficaz de evangelização. Os Apóstolos e os discípulos puderam andar em todo o mundo pregando o Evangelho a toda criatura (cfr Mc 16,15).
“Também hoje a Igreja desbrava os mares para levar o Evangelho a todas as nações, e a vossa extensiva presença nas escalas pontuais do mundo, as visitas que faz cotidianamente em navios atracados nos portos e a acolhida fraterna nas horas de escala da equipe, são sinais visíveis da preocupação com quantos não possam receber uma assistência pastoral”.
E quem navega pelo mar, como lembrou o Pontífice, está submetido a situações de risco, como a ameaça da pirataria marítima ou a pesca ilegal. Dessa forma, Bento XVI ressaltou que essa vulnerabilidade deve tornar ainda mais atenta a preocupação da Igreja e estimular a assistência que ela presta àqueles que encontra nos portos ou navios ou no serviço a bordo.
O Papa dirigiu um pensamento particular aos que trabalham no setor da pesca bem como aos seus familiares. Para ele, estes, mais do que outros, “precisam encarar a dificuldade do presente e vivem a incerteza do futuro, marcado por efeitos negativos das mudanças climáticas e pela excessiva exploração dos recursos”.
Por fim, o Papa manifestou seu desejo de que, cada um dos presentes, possa redescobrir a beleza da fé, para testemunhá-la sempre com a integridade da vida.