Oração contínua

Durante reunião, Papa pede que monjas beneditinas vivam a oração

Francisco se reuniu com 120 participantes do VIII Simpósio da União Internacional das Beneditinas

Da redação, com Vatican News

Papa Francisco durante audiência às irmãs religiosas do Simposio União Internacional Beneditinas / Foto: Vatican Media

O Santo Padre recebeu, na manhã deste sábado, 8, na Sala do Consistório, no Vaticano, 120 participantes no VIII Simpósio da União Internacional das Beneditinas, que se realiza em Roma de 6 a 13 de setembro.

Em seu discurso às monjas, o Papa disse que “este simpósio é uma ocasião propícia, para as Beneditinas do mundo inteiro, para viver juntas um tempo de oração e refletir sobre os diversos modos em que o carisma de São Bento, após 1500 anos, continua a ressoar e ser atuado em nossos dias”.

Referindo-se ao tema escolhido para este Simpósio “Todos sejam acolhidos como outro Cristo”, extraído da Regra de São Bento, o Papa disse que “esta expressão imprimiu na Ordem Beneditina uma vocação peculiar à hospitalidade”, segundo as palavras de Jesus “Era estrangeiro e me acolhestes”! E Francisco especificou:

“Hoje, no mundo, há muitas pessoas que buscam viver a ternura, a compaixão, a misericórdia e a acolhida de Cristo em sua vida. A elas, vocês oferecem o dom precioso do seu testemunho, quando se tornam instrumentos da ternura de Deus aos que necessitam. Esta acolhida a pessoas de diferentes tradições religiosas contribui para levar adiante o ecumenismo e o diálogo inter-religioso”.

Há séculos, continuou o Papa, os lugares beneditinos são conhecidos como lugares de oração e de generosa hospitalidade. Por isso, encorajou as monjas a continuarem esta obra evangélica em seus mosteiros:

“O lema ‘Ora et labora’ coloca a oração ao centro da sua vida. A celebração diária da Santa Missa e da Liturgia das Horas as coloca no coração da vida eclesial. Todos os dias, a sua oração enriquece o ‘respiro’ da Igreja. A sua oração é de louvor, de ação de graças, de súplica e de intercessão”.

De fato, explicou Francisco, a oração de louvor dá voz à humanidade e à Criação; a ação de graças é dada pelos inúmeros e contínuos benefícios do Senhor; a de súplica, pelos sofrimentos e ânsias dos homens e mulheres, sobretudo dos pobres; e a oração de intercessão é feita pelos que sofrem injustiças, guerras, violências e violação da sua dignidade. E o Papa ponderou:

“Vocês não encontram fisicamente estas pessoas, mas são suas irmãs na fé e no Corpo de Cristo. O valor da sua oração nem pode ser calculado, mas, seguramente, é um dom preciosíssimo: ‘Deus sempre ouve as orações dos corações humildes e cheios de compaixão’.”

Ao concluir seu pronunciamento, o Santo Padre agradeceu às monjas Beneditinas pelo seu cuidado especial pelo ambiente e por preservar os dons da terra. As Monjas e Beneditinas do mundo são boas administradoras dos dons de Deus, frisou o Papa:

“Como mulheres, vocês sentem e apreciam, de modo particular, a beleza e a harmonia da Criação. Seus Mosteiros, muitas vezes, situam-se em lugares de grande beleza, para onde as pessoas se dirigem para encontrar silêncio e comtemplar as maravilhas da Criação. Continuem assim, para que as obras de Deus possam ser admiradas”.

Francisco terminou seu breve discurso dizendo que “a oração, o trabalho, a hospitalidade, a generosidade das Beneditinas concorrem para manifestar a comunhão e a unidade, feitas de paz, de acolhimento recíproco e de amor fraterno”.

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