"Deus é o Pastor da humanidade […] e quer para nós a vida", disse o Papa Bento XVI no Angelus deste domingo, 22, ao comentar a liturgia deste domingo junto aos peregrinos presentes na residência apostólica de Castel Gandolfo, onde o Santo Padre passa um período de repouso.
O Papa enfatizou que Deus "quer nos orientar a boas pastagens, onde poderemos nos alimentar e descansar; não quer que nos percamos e morramos, mas que cheguemos ao destino da nosso viagem, que é plenitude da vida".
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.: NA INTEGRA: Angelus de Bento XVI – 22/07/12
O Santo Padre explicou que Jesus apresenta-se como Pastor das ovelhas perdidas e seu olhar sobre as pessoas é um olhar "pastoral". Como nos apresenta o Evangelho deste domingo: "Jesus viu uma grande multidão e encheu-se de compaixão por eles, porque eram como ovelhas que não têm pastor".
"Jesus encarna Deus Pastor com sua forma de pregar e com as suas obras, tendo o cuidado com os doentes e os pecadores, aqueles que estão "perdidos" (Cf. Lc 19,10), para trazê-los de volta em segurança, na misericórdia do Pai", destacou o Papa.
Então, Bento XVI interrogou os presentes: "Em que consiste essa cura profunda que Deus realiza através de Jesus?", e explicou que tudo consiste de uma "paz verdadeira, completa, fruto da reconciliação da pessoa consigo mesmo e com todas as suas relações: com Deus, com os outros e com o mundo".
O Papa recordou também a memória litúgica de Santa Maria Madalena, neste domingo, e destacou o episódio narrado no Evangelho de São Lucas (cf. Lc 8,2) em que Jesus a liberta de sete demônios, salvando-a de uma total escravidão ao maligno.
"O diabo tenta sempre arruinar a obra de Deus, semeando divisões no coração humano […] O maligno semeia guerra; Deus cria a paz", ressaltou o Santo Padre citando o texto de São Paulo (cf. Ef 2,14).
Para realizar esta obra de reconciliação radical, Jesus, o Bom Pastor, teve que se tornar o "Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo", e assim nos dar a vida, concluiu o Papa.