Papa Francisco falou sobre a reconciliação e os sonhos de Deus para com Seu povo
Da redação, com Rádio Vaticano
Na missa da manhã desta terça-feira, 08, na Capela da Casa Santa Marta, Papa Francisco falou sobre como acontece o processo de reconciliação e pacificação de Deus. O Papa disse que Deus o faz enquanto caminha com seu povo. Francisco se inspirou na memória do nascimento de Nossa Senhora para destacar que todos somos chamados a ser humildes e próximos aos nossos irmãos, como nos ensinam as Bem-Aventuranças e o capítulo 25 do Evangelho de Mateus. A reflexão partiu de dois questionamentos: “Como Deus reconcilia?” e “Qual o estilo da reconciliação de Deus?”.
Na homilia, o Pontífice destacou que Deus não reconcilia por meio de uma grande assembleia ou de um documento assinado, mas o faz enquanto caminha com seu povo. “O Senhor não quis pacificar e reconciliar com a vareta mágica: hoje – tuf! – tudo feito! Não. Colocou-Se a caminhar com o seu povo e quando ouvimos este trecho de Mateus, (…) é o caminho de Deus. O caminho de Deus entre os homens, bons e maus, porque neste elenco estão santos e criminosos pecadores, também. Há tanto pecado, aqui. Mas Deus não se assusta: caminha. Caminha com o seu povo”.
Deus tem sonhos para Seu povo
Francisco acrescenta que neste caminho, a esperança do povo, a esperança no Messias cresce, pois “nosso Deus é um Deus próximo”. E que os cristãos devem caminhar para pacificar, como Jesus fez.
O Papa também falou sobre os sonhos que Deus tem para Seu povo: “O povo sonhava a libertação. O povo de Israel tinha este sonho porque recebeu a promessa de ser libertado, de ser pacificado e reconciliado. José sonha: o sonho de José é como a síntese do sonho de toda esta história do caminho de Deus com o seu povo. Mas não só José tem sonhos: Deus sonha. O nosso Pai, Deus, tem sonhos, e sonha coisas belas para o seu povo, para cada um de nós, porque é Pai e, sendo Pai, pensa e sonha o melhor para os seus filhos”.
Deus é onipotente e grande, disse Francisco, mas nos “ensina a fazer a grande obra da pacificação e da reconciliação no nosso contexto, no caminho, em não perder a esperança com aquela capacidade de sonhar grandes sonhos, grandes horizontes”.
E concluiu: “Hoje, na comemoração de uma etapa determinante da história da Salvação, o nascimento de Nossa Senhora, peçamos a graça da unidade, da reconciliação e da paz, mas sempre em caminho, em proximidade com os outros, como nos ensinam as Bem-aventuranças e Mateus 25, e também com grandes sonhos.”