Praça São Pedro
Domingo, 4 de novembro de 2012
Se o amor de Deus colocou raízes profundas em uma pessoa, esta é capaz de amar também aquele que não o merece, como faz Deus para nós. O pai e a mãe não amam os filhos somente quando eles merecem: os amam sempre, também se naturalmente fazem eles compreenderem quando erram. De Deus nós aprendemos a querer sempre e somente o bem e nunca o mal. Aprendemos a olhar para o outro não somente com os nossos olhos, mas com os olhos de Deus, que é olhar de Jesus Cristo. Um olhar que vem do coração e não para na superfície, vai além das aparências e capta os anseios mais profundos do outro: de ser ouvido, de uma atenção gratuita; em uma palavra: de amor. Mas se verifica também o caminho inverso: que me abrindo ao outro como ele é, andando ao seu encontro, fazendo-me disponível, eu me abro também a conhecer Deus, a sentir que Ele existe e é bom. Amor a Deus e amor ao próximo são inseparáveis e estão em relação recíproca. Jesus não inventou nem um nem outro, mas revelou que eles são, no fundo, um único mandamento, e o fez não somente com a palavra, mas, sobretudo, com o testemunho: a Pessoa própria de Jesus e todo o seu mistério encarnam a unidade do amor a Deus e ao próximo, como os dois braços da Cruz, vertical e horizontal. Na Eucaristia ele nos doa este duplo amor, doando-se a si mesmo a nós, para que, nutridos deste Pão, nos amemos uns aos outros como Ele nos amou.
Queridos amigos, pela intercessão da Virgem Maria, rezemos para que cada cristão saiba mostrar a sua fé no Deus único e verdadeiro com um claro testemunho de amor ao próximo.