Ameaça de tempestade, com ventos de até 130 km/h antecipa partida do Papa da cidade de Tacloban, nas Filipinas
Da redação, com Rádio Vaticano
O Papa Francisco partiu neste sábado, 17, da cidade filipina de Tacloban, quatro horas antes do previsto devido à ameaça da tempestade tropical Mekkhala, que se aproximava da costa leste do país com ventos de até 130 km/h.
Depois de presidir a Missa na área do aeroporto de Tacloban, Francisco teve que antecipar a programação e almoçar rapidamente com os 30 familiares das vítimas do tufão na residência do Arcebispo de Palo, Dom John F. Du.
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O Pontífice teve ainda tempo para passar rapidamente pelo “Centro Papa Francisco para os pobres”, e abençoar as instalações de fora, do papamóvel. O Centro ainda não foi inaugurado e é uma obra financiada pelo Cor Unum, o conselho pontifício encarregado de iniciativas de caridade.
O previsto encontro com o clero local, às 15h30 (hora local) na Catedral de Palo, foi cancelado, mas Francisco passou pelo templo para saudar todos os presentes – cerca de 500 pessoas – e explicar-lhes o motivo da mudança de programa:
“Obrigado por suas calorosas boas-vindas; devo lhes dizer uma coisa que me entristece: estava programado que o avião voltasse a Manila às 17h, mas um tufão do 2º grau se aproxima e o piloto disse que temos que ir embora às 13h. Desculpo-me por isso”, acrescentou o Pontífice, que em seguida rezou uma ‘Ave Maria’ e abençoou os fiéis.
Momentos depois, recebeu de presente a imagem de uma virgem entalhada na madeira das ruínas da Catedral, que ficou destruída com o tufão Yolanda. O Papa Francisco quis, todavia, conhecer uma família de pescadores de Tacloban, com quem permaneceu cerca de dez minutos.
A chuva e o forte vento na cidade não impediram que milhares de cidadãos, cobertos com capas e capuzes, lotassem as ruas para assistir à passagem do papamóvel.
O avião papal decolou do Aeroporto Daniel Romualdez rumo a Manila às 13h08 (hora local).
O principal objetivo da visita de Francisco a Tacoblan era, precisamente, consolar as milhares de vítimas das numerosas tempestades que se abatem sobre as Filipinas, especialmente o tufão Yolanda, que deixou mais de 3 mil mortos somente nesta cidade, em novembro de 2013.