Gripe A

Vaticano teme efeitos da Gripe A nos países pobres

O representante do Vaticano junto ao Conselho Econômico e Social (ECOSOC) das Nações Unidas (ONU), Dom Silvano M. Tomasi, manifestou nesta quinta-feira, 9, sérias preocupações sobre os efeitos da pandemia de Gripe A nos países mais pobres, agravados pela atual crise econômica.

Dom Tomasi defendeu que os efeitos da crise têm sido mais graves nos "grupos mais vulneráveis" e que têm sido exarcebados pela Gripe A H1N1. Segundo ele, o impacto futuro da doença "não pode ser projetado com grande certeza" no momento atual.

Para o Vaticano, é evidente "a ligação entre pobreza e saúde", o que aumenta os receios, especialmente diante da perspectiva de aumento do número de pessoas na pobreza extrema, estimado entre 53 a 65 milhões de homens e mulheres.

O arcebispo referiu ainda que cerca de 800 milhões de pessoas desnutridas vivem em áreas rurais onde "o sistema público de saúde é mais fraco".

"Podemos concluir que um número significativo das pessoas com fome e extremamente pobres estarão em maior risco de contrair doenças contagiosas e crônicas", apontou.

Esta situação pode ser agravada, segundo o representante do Vaticano junto do ECOSOC, por eventuais cortes na ajuda internacional ou pelo aumento dos doentes em sistemas públicos de saúde "que já são frágeis".

Os países em vias de desenvolvimento, disse Dom Tomasi, "não serão capazes de responder às necessidades dos seus cidadãos mais vulneráveis".

A Igreja Católica ajuda, em todo o mundo, 5378 hospitais e mais de 18 mil clínicas, para além de 15 mil lares para idosos e pessoas com deficiência, particularmente na África.

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