Encontro vai redigir uma declaração de intenções sobre o tema para ser divulgada em nível mundial
Rádio Vaticano
Prossegue o empenho da Pontifícia Academia das Ciências contra o tráfico de pessoas.
Na próxima semana, nos dias 7 e 8 de fevereiro, o órgão promoverá em sua sede, no Vaticano, um Encontro sobre Tráfico de Órgãos e Turismo dos Transplantes.
Há três décadas, a problemática do tráfico de órgãos figura na agenda da Organização Mundial da Saúde (OMS): o tema foi tratado pela primeira vez em 1987.
O tráfico de órgãos viola os princípios de justiça, equidade e respeito da dignidade humana, pois engloba não só a venda de órgãos, mas também se tornou uma forma de escravidão que explora os trabalhadores em condição de servidão, populações migrantes, refugiados e menores.
Consciente deste drama – escreve a Pontifícia Academia – o Papa Francisco colocou como um dos objetivos do seu Pontificado erradicar esta nova forma de escravidão.
A finalidade do Encontro é dimensionar o amplo alcance desta problemática (com testemunhos diretos provenientes de países com serviços de transplantes em todo o mundo); redigir uma Declaração de intenções para ser divulgada em nível mundial; e desenvolver uma aliança para comprometer as autoridades que trabalham no campo da saúde para que se proíbam o tráfico de órgãos, declarando-o uma forma de escravidão humana.
Do Brasil, participam Dr. Mário Abbud-Filho, diretor da Fundação Faculdade Regional de Medicina de São José do Rio Preto, SP; e o Dr. José Medina Pestana, professor titular e Chefe do setor de transplante renal da Universidade Federal de São Paulo.