Entre os dias 20 e 21 de fevereiro, o Vaticano será sede do Congresso Internacional da Genética, promovido pela Pontifícia Academia para a Vida. O tema do Congresso será "As novas fronteiras da genética e o risco da eugenética", ou seja, a capacidade de produzir uma boa descendência". A abertura dos trabalhos será feita pelo arcebispo Rino Fisichella, Presidente da Academia.
A primeira sessão do encontro será dedicada "as novas fronteiras: história e definição do conceito de genética", a segunda tratará, do tema da "Dignidade da pessoa humana e eugenética", enquanto a terceira refletirá sobre "Genética e eugenética à luz da Teologia Moral". Os trabalhos se concluirão com a audiência do Papa Bento XVI.
A Pontifícia Academia para a Vida explica em nota que, "os conhecimentos e a pesquisa médica no campo da genética são hoje de extrema importância para o progresso da medicina. A descoberta de fatores genéticos na insurgência de diversas patologias levou à percepção de que o desenvolvimento dos conhecimentos neste setor poderá fornecer uma maior capacidade não somente de controlar, mas também de debelar patologias para as quais ainda não se conhecem terapias eficazes. Todavia, como muitas vezes se verifica na história da humanidade, e da ciência em particular, as novas fronteiras do conhecimento apresentam também possibilidades aplicativas que se revelam contrárias ao verdadeiro bem do homem".
"O desenvolvimento da genética moderna não se subtrai a este risco", continua a nota. E afirma que "os excessos da genética podem, de fato, levar à chamada eugenética, nas suas várias formas, a obter o ser humano perfeito, derrogando em alguns casos princípios éticos imprescindíveis como o respeito da vida humana e a não discriminação".
"Desta visão nasce o objetivo do Congresso, ou seja, de pôr em evidência as atuais possibilidades de intervenção da medicina na luta a patologias de caráter genético, para depois analisar o desenvolvimento da eugenética seja do pronto de vista jurídico que antropológico. Serão também levadas em consideração as possíveis formas de eugenética para oferecer orientações e critérios éticos que, em linha com o ensinamento do Magistério da Igreja, sejam capazes de responder a tal desafio, conclui a nota da Pontifícia Academia para a Vida.
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