Foi apresentado na Sala de Imprensa do Vaticano nesta quarta-feira, 27, a missão em prol da saúde de crianças sírias refugiadas no Líbano. O projeto é coordenado pelo Pontifício Cor Unum, em parceria com o hospital pediátrico Menino Jesus, de Roma, e a Cáritas do Líbano.
“A missão tem como objetivo diminuir a dor e o sofrimento de tantas crianças que vivem no Líbano, quer refugiados sírios ou crianças das comunidades de acolhimento. Desta categoria, não existe nenhuma agência humanitária dedicada no território libanês”, afirma o presidente do Cor Unum, Cardeal Robert Sarah.
O projeto terá início na primeira semana de dezembro, com prazo inicial de três meses de duração. Com os recursos arrecadados na primeira fase, serão comprados remédios e fornecida assistência médica a mais de quatro mil crianças. A área escolhida é o Vale do Bekaa, região de maioria muçulmana na fronteira com a Síria.
O Cardeal explica que o projeto, na primeira fase, se concentrará na aplicação de vacinas e cuidados básicos dos problemas de saúde das crianças. “Claro, quando essas crianças passarem pela consulta médica e forem encontrados doenças mais sérias, serão levadas aos hospitais da região para receber assistência”, destaca Dom Sarah.
De acordo com dados da ONU, o Líbano abriga mais de 800 mil refugiados sírios. As autoridades do país já afirmam que os estrangeiros acolhidos somam mais de 1,2 milhões. O número de pessoas que deixaram a Síria, nos últimos anos, ultrapassam os dois milhões se forem contabilizadas as que foram acolhidas na Jordânia, Turquia, Chipre, Egito, Iraque. Cerca de 52% desses refugiados são crianças e adolescentes.
Durante a coletiva, o presidente do Cor Unum destacou que até o momento, a Igreja Católica destinou cerca de 78 milhões de dólares para ajudar as vítimas dos conflitos na Síria.
O auxílio ocorreu, principalmente, nas áreas de saúde, educação, assistência aos idosos, alimentação. São mais de 40 entidades católicas dedicadas ao cuidados dos refugiados em 20 cidades sírias e comunidades de refugiados em países vizinhos.
“O Natal se aproxima (…) e acreditamos que o melhor presente que podemos dar é o auxílio às crianças que sofrem por causa da guerra na Síria. Ajudá-los a recuperar o sorriso e continuar a viver”.
