O Vaticano inaugura hoje, 26, um novo sistema ecológico de produção de energia, com a instalação de painéis fotovoltaicos no teto da sala Paulo VI. O sistema foi desenhado pelo moderno e conhecido arquiteto, Pier Luigi Nervi.
Na cerimônia participarão, entre outros, o prêmio Nobel de Física, Carlo Rubbia.
Um comunicado emitido pela Sala de Imprensa da Santa Sé explica que a cobertura é uma das iniciativas "concretas e tangíveis" que o Estado da Cidade do Vaticano promove "para defender o ambiente".
Os 2.400 módulos que constituem a instalação substituem os painéis de betão armado e reproduzem a dimensão das telhas originais previstas no projeto de Nervi.
Dos quase 5 mil metros quadrados de superfície da cobertura, cerca de 2 mil serão substituídos por painéis fotovoltaicos, enquanto que o restante será utilizado como tela para aumentar a quantidade de energia captada. Em julho deste ano o Papa Bento XVI recebeu o primeiro painél.
Preocupação com meio ambiente
Este projeto realizado em colaboração com a Universidade La Sapienza de Roma, surgiu depois de vários discursos de Bento XVI sobre o meio ambiente.
Por ocasião da Jornada Mundial da Paz, em 2007, Bento XVI apelava a "uma consciência ecológica que se traduza em programas e iniciativas concretas".
Além desta iniciativa, existe outro projeto para utilizar a energia solar, desta vez não para produzir energia, mas água quente e ar frio ao mesmo tempo, num tipo de instalação que se conhece por solar cooling, e que será utilizada para as dependências de serviço do Vaticano.
A produção destes painéis cobrirá entre 60 e 70% da energia necessária nestes edifícios, diminuindo o gasto energético.
O desafio é que o Estado da Cidade do Vaticano seja o primeiro na Europa a cumprir os objetivos europeus, que prevêem que até 2020 se obtenham de fontes renováveis pelo menos 20% da energia consumida.
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