A Santa Sé está na linha de frente, como o deseja Bento XVI, na promoção de uma "cultura do verde", caracterizada por valores éticos.
O presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, Cardeal Paul Poupard, usou exatamente essas palavras, ao receber, nos dias passados, a diretoria da "Planktos-Klimafa", uma empresa norte-americana e húngara, que doou à Hungria, em nome da Santa Sé, um parque de sete mil hectares.
Com essa área verde, a Cidade do Vaticano se torna o primeiro Estado, no mundo, a ter, formalmente, "zerado" suas emissões poluidoras. A propósito, eis o que disse à Rádio Vaticano, o subsecretário do Pontifício Conselho para a Cultura, Dom José Sánchez de Toca y Alameda:
"Toda empresa, todo Estado e toda família produzem emissões poluidoras, pelo uso de energias não-renováveis. Os modos de zerar essas emissões poluidoras são dois: ou se polui menos, consumindo menos energia, ou então, se faz uma boa ação, para cancelar essas emissões como, por exemplo, plantar árvores. A doação que o Pontifício Conselho para a Cultura recebeu da empresa "Klimafa" responde à segunda opção: a da boa ação, para cancelar a poluição. Isso significa que, em nome do Vaticano, serão plantados, num parque nacional, na Hungria, quase sete mil hectares de árvores, que reduzirão as emissões poluidoras na atmosfera. Desse modo, o Vaticano quer dar sua pequena contribuição para combater a poluição global na Terra e colaborar para melhorar o Planeta que Deus deu aos homens, para que sejam os servidores da Criação e não seus donos".
Segundo Dom José Sánchez, "o Vaticano é um Estado sui generis e suas emissões poluidoras são realmente mínimas, quase que inexistentes. Não temos empresas nem grandes instalações responsáveis pela poluição atmosférica", todavia é um exemplo a ser seguido, e explica que o que se deseja é "encorajar as famílias e, por que não as paróquias e comunidades a se empenharem em ações que estão ao alcance de todos, em defesa da natureza."