O Vaticano divulgou o tema escolhido pelo Papa Leão XIV para o Dia Mundial da Paz de 2026. A mensagem do Santo Padre convida a Igreja e o mundo a rejeitar a lógica da violência e da guerra.
Imagens de Reuters e Vatican News
Reportagem de Adilson Sabará
Desde os primeiros momentos de pontificado, a paz tem sido fio condutor das palavras e gestos do Papa Leão XIV. O Santo Padre tem pedido à Igreja e ao mundo que abrace a paz autêntica fundada no amor e na justiça, e tem convidado a humanidade a rejeitar a lógica da violência e da guerra.
Nas palavras ditas desde que assumiu a cátedra de Pedro, o Pontífice afirma que a paz não é simplesmente ausência de conflito, mas escolha de desarmamento, isto é, não é fundada no medo. O silêncio da artilharia se torna desarmante, porque é capaz de resolver conflitos, abrir corações e gerar confiança, empatia, esperança.
Ao escolher o tema para o Dia Mundial da Paz do próximo ano, o Santo Padre diz que não basta simplesmente pedir pela paz. É preciso encarná-la num estilo de vida que rejeite toda forma de violência, seja ela visível ou estrutural. A paz esteja convosco. Da saudação de Cristo ressuscitado, à do sucessor de Pedro é convite universal, dirigido a crentes e não crentes, líderes políticos e cidadãos, com o desejo de construir o reino de Deus e construir juntos um futuro humano e pacífico.
Leão XIV afirma que o tema da paz nunca se separa do contexto atual, com feridas ainda abertas. Nos últimos dias, falando aos participantes da semana ecumênica de Estocolmo, o sucessor de Pedro lembrou que nosso mundo carrega as cicatrizes do conflito, da desigualdade, da degradação ambiental e de um crescente sentimento de desconexão espiritual.
Na oportunidade, o Papa observou que a reconciliação surge da realidade dos territórios e comunidades e cresce nas instituições locais, não negando diferenças e conflitos, mas reconhecendo, acolhendo e navegando por eles.
Na vigília do Jubileu dos Jovens, o Santo Padre citou que o mundo tem necessidade de missionários do Evangelho, que sejam testemunhas de justiça e de paz. Na missa que marcou os eventos do ano santo na Praça São Pedro, confiou um grito que atravessa os céus e permanece na memória. Queremos paz no mundo!