Santa Sé informa temas específicos abordados pelos bispos na reunião desta manhã
Da Redação, com Boletim da Santa Sé
A 5ª Congregação Geral do Sínodo dos Bispos sobre família, realizada na manhã desta quarta-feira, 8, debateu sobre desafios pastorais da família, seguindo a ordem dos temas previstos no Documento de Trabalho. O Vaticano divulgou um resumo não oficial sobre o que foi discutido pelos bispos na assembleia.
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A Igreja no Oriente Médio e no Norte da África foi um dos pontos de atenção na reunião. Mencionou-se, por exemplo, a realidade dos matrimônios inter-religiosos, os chamados “casamentos mistos”. O desafio da Igreja, nesses casos, é entender que tipo de catequese pode ser oferecida aos filhos nascidos de tal união e como responder à incógnita daqueles católicos que, em um matrimônio misto, querem continuar a praticar sua fé. “Tais casais não podem ser negligenciados e a Igreja deve continuar a se ocupar deles”.
Quanto à questão dos casais divorciados recasados, os bispos evidenciaram que o caminho sinodal deverá ocupar-se disso com a devida prudência, mas conjugando a objetividade da verdade com a misericórdia para a pessoa e o seu sofrimento.
Durante as reflexões, também foi recordado o empenho da Santa Sé em defesa da família em todos os níveis, com o objetivo de ressaltar sua dignidade, trazendo à tona seus direitos e deveres. Os bispos destacaram, nesse sentido, a necessidade de uma constante criatividade na pastoral.
A reunião de hoje também falou da contribuição insubstituível dos fiéis leigos no anúncio do Evangelho da família, sobretudo dos jovens, movimentos eclesiais e novas comunidades. “Escutar e acreditar mais nos leigos resulta, então, em algo essencial, porque é neles e com eles que a Igreja pode encontrar as respostas aos problemas das famílias”, informa a Santa Sé.
Outro tema abordado foi o da precariedade do trabalho e do desemprego. Foi reafirmado que o dinheiro deve servir e não governar. Os bispos também voltaram a refletir sobre a necessidade de uma maior preparação para o matrimônio. Recordou-se a grande contribuição dos avós para a transmissão da fé na família, evidenciando a necessidade de acolhimento aos idosos no núcleo familiar. “Igual solicitude deve ser reservada aos doentes, para vencer aquela ‘cultura do descartável’ para a qual o Papa Francisco sempre alerta”.