Alarme por epidemia de dengue em países da América Latina
A agência da Congregação vaticana para a Evangelização dos Povos, Fides, alerta para a necessidade de uma campanha de mobilização e desinfestação em todos os países latino-americanos com risco de dengue.
É que a incidência da doença aumenta todos os anos a partir de junho, com o início da temporada das chuvas. Em Guatemala, El Salvador, Santo Domingo, Honduras, México, o mosquito Aedes Aegyty, transmissor da febre dengue, está proliferando.
Na Guatemala, desde o início de 2007, foram registrados 1.400 casos do tipo clássico e 2 do tipo hemorrágico, um dos quais, fatal. Os primeiros superam em 20% os registrados no mesmo período de 2006.
Em El Salvador, o Ministério da Saúde recentemente confirmou 1.071 casos, dos quais 26 do tipo hemorrágico. Desde 1 de janeiro, os números oficiais confirmados registraram 1.045 casos, menos de 42,9% em relação aos 1.831 registrados no mesmo período do ano precedente.
No país, segundo fontes sanitárias, a dengue hemorrágica causou a morte de pelo menos 4 menores em 2006, enquanto este ano, ainda não foram confirmadas vítimas mortais. 2.552 casos e 10 mortos foram registrados na República de Santo Domingo nos primeiros cinco meses de 2007; 78 de tipo hemorrágico, e o restante, casos de dengue clássico. Quatro pessoas morreram apenas no mês de maio, e aguarda-se a confirmação sobre a morte de outras quatro pessoas.
As províncias nas quais foram registrados os principais casos de dengue são Santo Domingo, Santiago, Espaillat, San Cristóbal, Montecristi e La Vega. As cifras de 2006 indicavam 6.252 casos, dos quais 236 hemorrágicos, que causaram 53 mortes.
Em Honduras, registrou-se o primeiro caso de dengue hemorrágica de 2007. Trata-se de um jovem de 20 anos, cujas condições se agravaram repentinamente em 6 dias de hospitalização. As autoridades sanitárias locais registraram cerca de mil casos do tipo clássico e 52 do tipo hemorrágico desde o início do ano. Em relação ao mesmo período de 2006, os casos aumentaram em 42%.
O Governo do México acaba de apresentar um plano de ação contra a doença, depois de registrar 2 mortos desde o início do ano, nos estados de Guerrero e Oaxaca e 5.550 casos, 21% do tipo hemorrágico. O plano de prevenção e controle da doença visa tutelar mais de cinco milhões de habitantes.
Nos últimos seis anos, o aumento dos casos no país foi alarmante. Passou-se de 1700 em 2000 para 27.000 em 2006. México está no sétimo lugar por difusão da doença, depois de Brasil, Paraguai, Venezuela, Colômbia, Peru e Bolívia.