Meriam está presa, desde fevereiro deste ano, sob acusação de adultério. A jovem médica teria infringido a lei islâmica por converter-se ao cristianismo
Da Redação, com vatican.news
Os Presidentes da Comissão Europeia, do Conselho da Europa e da Eurocâmara, junto a vinte líderes religiosos de diversas confissões, pediram às autoridades sudanesas, nesta terça-feira, 10, a libertação da jovem Meriam Ibrahim, condenada à morte por converter-se ao cristianismo.
“Assinamos uma declaração conjunta em que pedimos às autoridades sudanesas a modificação deste veredito desumano e a libertação de Meriam”, anunciou o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso. O Documento foi assinado durante a reunião anual da União Europeia.
Leia também:
.: Nasce, na prisão, bebê de sudanesa condenada à morte
.: Países pedem libertação de grávida cristã condenada à morte
Todos assinaram a declaração para pedir às autoridades sudanesas que libertem a jovem, condenada à morte por enforcamento no Sudão. Meriam Yeilah Ibrahim tem 27 anos, é médica e foi condenada pela Corte de Khartum por adultério, porque, segundo a Sharia, lei religiosa islâmica, o seu casamento com um homem cristão é considerado inválido.
“A liberdade de religião é o direito de ter uma fé e de abandoná-la”, disse Barroso, insistindo que o Sudão deve respeitar este direito.
Segundo vice-presidente do Parlamento Europeu, László Surján , um erro a ser evitado é que as comunidades religiosas se retirem para as catacumbas devido aos ataques contra elas, porque não podem realizar sua missão, quando devem estar na vanguarda e defender a moralidade.