Estados Unidos

Um mundo adequado às crianças, pede Arcebispo Migliore à ONU

O observador permanente da Santa Sé na ONU, Dom Celestino Migliore, fez um pronunciamento perante a Assembléia Geral da ONU, em Nova York, reivindicando um mundo no qual "as crianças possam ser crianças".

A assembléia foi convocada para analisar os progressos no compromisso de criar um mundo adequado para as crianças, compromisso aprovado na sessão especial dedicada pela ONU à infância, em 2002.

"A Convenção dos Direitos da Infância continua sendo o texto-padrão na defesa dos direitos das crianças", disse o representante vaticano, referindo-se ao texto aprovado na Assembléia Geral de 1989, que inclui princípios fundamentais, como os direitos antes e depois do nascimento, a família como ambiente natural para o crescimento e a educação, assim como o direito da criança a uma melhor atenção à saúde e à educação.

Na convicção de que a educação é a base do desenvolvimento da criança, a Igreja Católica, recordou o arcebispo, mantém, atualmente, mais de 250 mil instituições de ensino, em todos os continentes, com 42 milhões de estudantes e três milhões e meio de professores.

O compromisso da Santa Sé em favor das crianças, acrescentou Dom Celestino Migliore, reflete-se também na grande quantidade de atividades que a Igreja sustenta, no setor da saúde.

A defesa das crianças e de suas famílias, por parte da Igreja, no que diz respeito ao impacto do HIV, é patente, nas milhares de instituições engajadas na assistência aos soropositivos e na educação dos órfãos, em campanhas de prevenção e conscientização, na distribuição de antibióticos, na assistência à saúde e na alimentação básica, na prevenção da transmissão viral mãe-filho, na luta contra a estigmatização e no fazer com que as pessoas portadoras do HIV sejam protagonistas na batalha contra a pandemia.

Em relação ao flagelo do HIV, o prelado convidou a não esquecer que as políticas de saúde enfrentam também, doenças mortais como a malária e a tuberculose. E um desafio ainda mais importante, denunciou, é a impossibilidade de acesso, das crianças e das mães, à assistência de saúde básica e aos serviços higiênicos, que são uma das necessidades humanas fundamentais mais desatendidas. Os esforços internacionais nesse campo, sublinhou o arcebispo, foram pouco enérgicos, e as crianças são as primeiras vítimas dessa situação inaceitável.

Diante desse quadro, concluiu Dom Migliore, a delegação vaticana espera que os compromissos renovados ou assumidos nesta Assembléia Plenária da ONU, não sejam meras declarações de boas intenções ou objetivos pelos quais aspirar, mas sim empenhos a serem mantidos.

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