Em Paris

Um ano dos atentados terroristas, França homenageia vítimas

Jornal Charlie Hedbo faz nova sátira por um ano dos atentados; Vaticano lamenta desrespeito às religiões

Da redação, com Agências

Paris recorda nesta quinta-feira, 7, um ano dos atentados terroristas ocorridos entre os dias 7 e 9 de janeiro de 2015, com várias cerimônias de homenagem às vítimas.

As homenagens começaram na terça-feira com o descerramento de placas de homenagem na rua Nicolas-Appert, diante da antiga sede do jornal satírico Charlie Hebdo, onde, em 7 de janeiro, foram assassinadas 12 pessoas, outra em Montrouge, onde no dia 8 de janeiro foi assassinada uma policial municipal e na Porte de Vincennes, e diante da mercearia judaica onde quatro pessoas também morreram em 9 de janeiro.

Ainda hoje, o presidente François Hollande prestou homenagem às forças policiais na sede da polícia na capital francesa.

Nova sátira do Charlie Hebdo

Capa do Semanário especial pelo 1 ano do atentado terrorista / Foto: Reprodução jornal

Capa do Semanário especial pelo 1 ano do atentado terrorista / Foto: Reprodução jornal

Para celebrar o primeiro aniversário do atentado ao Charlie Hebdo, o jornal publicou em sua capa um desenho do cartunista Riss, que ilustra uma charge de Deus salpicado de sangue e carregando um fuzil kalachnikov, sob o título “Um ano depois, o assassino continua solto”.

O Jornal do Vaticano, L’Osservatore Romano, afirmou que a charge é lamentável e desrespeitosa com os fiéis de todas as religiões, e acusou o semanário de tentar “manipular” a fé.

“Por trás de uma enganosa bandeira de secularismo descompromissado, o semanário francês mais uma vez esquece aquilo que os líderes de todas as fés tem pedido há anos: a rejeição à violência em nome da religião e que usar o nome de Deus para justificar o ódio é uma verdadeira blasfêmia”, disse o L’Osservatore em um breve comentário.

O jornal do Vaticano concluiu a nota, afirmando que a escolha do Charlie Hedbo, mostra o “triste paradoxo entre um mundo que é cada vez mais consciente do ‘politicamente correto’, a ponto de ser ridículo, mas não quer reconhecer e respeitar a fé de quem crê em Deus, seja qual for sua religião”.

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