Cardeal Peter Turkson escreveu mensagem por ocasião do Dia Internacional Contra o Abuso e Tráfico Ilícito de Drogas, celebrado hoje
Da Redação, com Boletim da Santa Sé
Jovens são as primeiras vítimas das drogas, alerta Cardeal Turkson, que reitera necessidade de trabalho de reabilitação / Foto ilustrativa: Wesley Almeida – Canção Nova
Combater o drama das drogas, trabalhando na prevenção, mas também na reabilitação dos dependentes. Esse é, em resumo, o teor da mensagem do órgão vaticano para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral por ocasião do Dia Internacional Contra o Abuso e Tráfico Ilícito de Drogas 2018, celebrado nesta terça-feira, 26. O texto é assinada pelo prefeito do dicastério, Cardeal Peter Turkson.
A data foi instituída pelas Nações Unidas em 7 de dezembro de 1987, com a proposta de fortalecer a ação e a cooperação, em nível nacional e internacional, no combate às drogas e na promoção de um maior conhecimento do fenômeno.
A mensagem traz alguns dados do Relatório Mundial sobre Drogas 2017, do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime. O estudo revela que em 2015, por exemplo, cerca de 250 milhões de pessoas no mundo fizeram uso de drogas e, desse total, 29,5 milhões sofrem de distúrbios provocados pelo consumo.
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Cardeal Turkson lembra que são numerosos os danos causados pelo uso e abuso de entorpecentes, e não apenas para a saúde, mas também para o desenvolvimento, para a paz e a segurança em todas as regiões do mundo. “O drama lacerante da droga é um mal que ameaça a dignidade e a liberdade de agir de cada pessoa e quebra progressivamente a imagem que o Criador moldou em nós”.
A mensagem recorda ainda a necessidade de uma cultura de solidariedade voltada ao bem comum, uma cultura que se oponha aos egoísmos e que se volte para o próximo, sobretudo quando se trata de alguém frágil e vulnerável. E tendo em vista que os jovens são as primeiras vítimas da droga, Cardeal Turkson defende a promoção de programas educativos incisivos e concretos para eles, atividades que desenvolvam o seu potencial e eduquem o seu coração para a alegria profunda, não superficial.
E tão importante quanto a prevenção é o trabalho de reabilitação, lembra o cardeal na mensagem. “Embora a prevenção seja o caminho prioritário, é importante trabalhar pela reabilitação das vítimas das drogas na sociedade, para devolver a elas a autêntica alegria de viver (…) Nunca devemos esquecer que ‘mesmo se a vida de uma pessoa foi um desastre, foi destruída pelos vícios, da droga ou de qualquer outra coisa, Deus está na sua vida’”, concluiu o cardeal, recordando uma fala do Papa Francisco.
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