O chamado "testamento biológico" estará no centro da atenção, no Congresso Internacional intitulado "Ao lado do doente incurável e do moribundo, orientações éticas e operacionais".
“Testamento biológico" são disposições de uma pessoa, sobre o que deseja que seja feito ou não, em caso de se achar em perigo de vida e não poder manifestar, naquele momento, seu desejo.
O encontro, promovido pela Pontifícia Academia para a Vida, entre os dias 25 e 26 de fevereiro reunirá, no Vaticano, especialistas de todo o mundo.
"A crônica de nossos dias – lê-se numa nota – apresenta, dramaticamente, o problema das ações terapêuticas e da manutenção da vida em relação à dignidade do paciente e dos valores autenticamente humanos”.
Com efeito, as novas e sempre maiores possibilidades técnicas de intervenção médica, além de assegurar maiores chances de vida e melhores condições de saúde para muitas pessoas, podem, às vezes, comportar um agravamento de seu sofrimento pessoal, sem alguma perspectiva de benefício.
O que fazer nesses casos? Existem limites ao dever moral de manter a vida? Que critérios devem ser adotados, para poder expressar um juízo ético e operacional sobre o emprego de meios de manutenção da vida? Como definir quando o caso é considerado "acirramento terapêutico"? Que curas oferecer ao doente incurável e à pessoa que está morrendo?
O congresso tentará responder a essas e outras perguntas, através de um percurso de reflexões científicas, antropológicas, éticas e deontológicas.