Retorno do medo

Terremoto volta a atingir região central da Itália

Região central da Itália continua registrando terremotos depois daquele de 6,5 graus de 30 outubro

Rádio Vaticano

O medo volta à região central italiana. Durante a madrugada desta segunda-feira, 2, foram registrados oito novos abalos sísmicos que, felizmente, não fizeram feridos ou grandes danos materiais.

Segundo o Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV), o terremoto mais forte foi de magnitude 4.1 na Escala Richter a poucos quilômetros da cidade de Spoleto, província de Perugia. A área atingida “é caracterizada por uma periculosidade sísmica elevada”.

Especialistas dizem que se trata de uma nova falha, distinta daquela que provocou o terremoto de 24 de agosto em Amatrice e que deixou quase 300 mortos. Porém, uma boa notícia é que as comunidades que sofreram com o terremoto serão recebidas pelo Papa Francisco na próxima quinta-feira, 5, para uma audiência especial.

Terremotos contínuos e estresse da população

O bispo de Spoleto-Norcia, Dom Renato Boccardo, comentou que a situação é sempre de uma certa apreensão e preocupação, porque o terremoto não chega nunca ao final. Desta vez, por sorte, os danos materiais não são tão graves, comenta Dom Renato, mas o que se revela é “o estresse das pessoas” que sofrem com essa repetição de tremores.

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“Através da Caritas diocesana estamos ajudando os agricultores e os pequenos empreendedores. Em paralelo aos centros pastorais colocados à disposição das comunidades atingidas, já que não podemos mais falar de igrejas paroquiais que não existem mais nem em Norcia nem em Cássia, é importante que as atividades voltem a uma certa normalidade. Não se pode viver num estado contínuo de emergência! Por isso existem diversas atividades da paróquia que, aos poucos, voltam a um regime cotidiano de normalidade”.

Audiência especial com o Papa

Dom Renato comenta ainda a relação de proximidade entre o Papa e as comunidades atingidas pelo terremoto, sobretudo com o encontro do próximo dia 5 de janeiro no Vaticano.

“Ficamos muito surpresos positivamente pelo convite que chegou: “O Santo Padre deseja encontrar as comunidades atingidas pelo terremoto”. Depois da sua visita às cidades que sofreram com o sismo, em 4 de outubro, depois da sua participação através de telefonemas feitos a nós, bispos, depois desses tantos gestos de proximidade, acredito que será um momento em família. Aquela proximidade que o Papa manifestou muitas vezes se fará novamente visível e também tangível: o Papa com aquelas pessoas que levam direta ou indiretamente as consequências e as feridas do terremoto. Certamente a palavra do Papa será uma palavra de consolação, de esperança e não somente de proximidade, e de quem precisamos tanto”.

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