Equipes de resgate usavam as mãos para vasculhar os escombros nesta segunda-feira, 24, e tentar salvar pessoas soterradas após um terremoto que matou ao menos 239 pessoas e deixou mil feridos no sudeste da Turquia. O número de mortos pode ser muito maior.
Máquinas removedoras de terra e soldados se juntaram à desesperada busca entre as pilhas de concreto depois que um terremoto de magnitude 7,2 atingiu neste domingo, 23, as cidades de Van e a vila de Ercis, cerca de 100 quilômetros ao norte, no centro curdo do país.
Em Van, uma cidade antiga de um milhão de habitantes em frente a um lago rodeado de montanhas com picos nevados, guindastes retiravam escombros de um apartamento de seis andares, onde 70 pessoas estariam soterradas.
O primeiro-ministro turco, Tayyip Erdogan, voou para Van para avaliar a escala do desastre, na região vulnerável a terremotos que tem sido um centro de atividades dos rebeldes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).
O vice-premiê estimou 239 mortos e 1.150 feridos. O ministro do Interior disse que centenas continuavam desaparecidos.
Erdogan antes viajou à Ercis de helicóptero. A cidade de 100 mil habitantes foi mais duramente atingida, com 54 prédios desmoronados, incluindo um dormitório de estudantes.
"Não sabemos quantas pessoas ainda estão nas ruínas dos prédios desmoronados", disse.
Em entrevista coletiva neste domingo, o responsável pelo instituto sismológico de Kandili, Mustafa Gedik disse que este foi um “forte sismo” que “pode causar entre 500 e 1.000 mortos.
A Turquia, que é atravessada por diversas falhas geológicas, principalmente no Leste e Noroeste, sofre constantemente com tremores de terra. Dois fortes abalos em regiões muito populosas e industrializadas no Noroeste da Turquia causaram 20 mil mortos, em agosto e novembro de 1999. Em 1970, um terremoto deixou mil mortos na província de Kütahya, no Noroeste.