A subnutrição das crianças custa às economias das América Central e da República Dominicana quase 7 mil milhões de dólares (5,2 mil milhões de euros), ou seja 6,4 por cento do produto interno bruto (PIB), segundo um estudo agora divulgado, que utiliza dados de 2004.
O inquérito realizado pelo Programa Alimentar Mundial (PAM) e a Comissão Económica para a América Latina e Caraíbas calculou os efeitos da fome e da subnutrição na saúde, educaçãi e produtividade, para atingir aqueles valores suportados pela região, nomeadamente no aumento dos cuidados de saúde e a queda na actividade económica por causa da baixa produtividade.
“Este estudo é um alerta para a comunidade internacional de que a fome entre crianças não é apenas um problema humanitário e moral, mas tem também consequências económicas”, afirmou o director executivo do PAM, Josette Sheeran. “Claramente, não seremos capazes de erradicar a pobreza na região ou no mundo, enquanto não tomarmos medidas efectivas para atacar a fome e a má nutrição”, acrescentou.
De acordo com os dados agora divulgados, 90 por cento das perdas económicas são causadas por elevadas taxas de mortalidade causadas por doenças relacionadas com a má alimentação e a fome e os baixos índices educativos.
Na região, cerca de 880 mil crianças têm um peso inferior ao que deviam, ou seja, aproxidamente 14 por cento das crianças com menos de cinco anos de idade.