A Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos sugere este ano o envolvimento de todos os cristãos na assistência por exemplo aos refugiados na busca de novos lares
Da redação, com Agência Ecclesia
Está em curso até à próxima quarta-feira, 25, a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, este ano marcada pela recente viagem do Papa Francisco à Suécia, por ocasião dos 500 anos da Reforma Protestante.
Em entrevista à Agência Ecclesia, de Portugal, João Luís Fontes, do Grupo Ecumênico Jovem, considera que o fato de o Papa “não ter enviado ninguém, ter ido ele próprio, é um sinal de que assume o diálogo ecumênico como uma urgência e sobretudo que é fundamental que os cristãos se unam no testemunho que dão em relação ao mundo”.
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“Não no sentido de dominarem mas de tornarem credível, pela sua comunhão, por serem reconciliados, a verdade desta reconciliação que Cristo traz”, acrescenta.
João recorda que “o Papa não se tem cansado de repetir que áreas como a reconciliação, a paz, a justiça e a dignidade humana são áreas fundamentais do ser cristão no mundo, e que os cristãos as podem fazer ecumenicamente”.
É também nesse sentido que o documento de reflexão da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos sugere este ano o envolvimento de todos os cristãos na assistência por exemplo aos refugiados na busca de novos lares.
“Aqui o princípio é muito simples, se a fé for vivida na verdade, ela tem que necessariamente marcar a vida das pessoas e transformar a vida das pessoas. E isso não se situa apenas ao nível da cabeça, das ideias e teorias, mas situa-se em gestos concretos”, aponta João Luís Fontes.
O membro do Grupo Ecumênico Jovem recorda que o Papa, durante sua viagem à Suécia, não só apontou “o ecumenismo como um caminho irreversível” mas “juntou à questão dos refugiados” outras interpelações “muito concretas”, como “o terrorismo, a questão ecológica e o cuidado pela Criação”.