Jogo Beneficente

"Seleção" do Vaticano joga amistoso na Alemanha

Iniciativa mostra que a igreja e também os papas reconhecem a importância do esporte, afirma um dos organizadores do evento

Da redação, com Rádio Vaticano

A “seleção de futebol” da Cidade do Vaticano, composta entre outros pelos jogadores da Dirtel (Correios Vaticanos) e pela Gendarmeria Vaticana, irá para Frankfurt, na Alemanha, neste sábado e domingo, 9 e 10, para jogar um amistoso com o Borussia Monchengladbach.

Pela primeira vez, o time contará com a participação de dois jogadores da Secretaria de Estado e três da Guarda Suíça.

A partida entre a seleção vaticana e a “Hacki Wimmer 6 Friends” (as velhas glórias do Borussia, guiada por Hacki Wimmer, ex-campeão mundial em 1974 pela seleção alemã) será no domingo às 13 horas (hora local), no estádio do Borússia.

A delegação vaticana contará com a presença de monsenhor Markuz Heinz, um dos organizadores, Domenico Ruggero, coordenador de futebol no Vaticano, Gianfranco Guadagnoli, treinador da “seleção” vaticana e Paolo Rotundi, dirigente acompanhante.

A iniciativa beneficente teve início com o Papa Emérito Bento XVI e foi confirmada pelo Papa Francisco.

Em entrevista à Rádio Vaticano, um dos organizadores do evento, monsenhor Guillermo Karcher, fala sobre a iniciativa.

Mons. Karcher: É uma iniciativa que nasceu em 2011. A seu tempo, de fato, foi aceita por Bento XVI. Isto é bonito. A continuidade. Quando o Papa Francisco soube, não fez outra coisa senão aplaudir a iniciativa. Conhecemos o seu espírito esportivo.

Gostaria de sublinhar justamente esta continuidade: os dois Papas, viram de modo claro a importância do esporte. Depois, existe a alegria em saber que o Vaticano estará presente por meio dos seus diversos setores e dicastérios. Falamos da Gendarmeria vaticana, da Guarda Suíça Pontifícia, da Secretaria de Estado. Um time composto por tantos jogadores excelentes, que representam o mundo vaticano.

Repórter: Poderia-se falar oficialmente de uma seleção do Estado da Cidade do Vaticano?

Mons. Karcher: Do Estado e não somente. Por este motivo falei Secretaria de Estado e Guarda Suíça. Ou seja, vai além do Estado do Vaticano. Mas, podemos chamá-lo de ‘time do Vaticano’.

Repórter: Mons. Karcher, devemos porém sublinhar, que o futebol no Vaticano é amador, um momento importante de valores e divertimento…

Mons. Karcher: Absolutamente sim. Este é o espírito que reina nestes encontros. Penso que o Vaticano ofereça uma iniciativa saudável: não existe somente o trabalho, para quem é funcionário no Estado Vaticano, mas também um momento de encontro com outras pessoas, não somente do Vaticano e da Itália mas, como neste caso, com o mundo alemão, com o grande Borussia Mönchengladbach.

Repórter: Qual é o valor acrescentado pelo esporte para a Igreja?

Mons. Karcher: Digamos que é um momento de agregação. Depois, sabemos que o esporte quando é praticado com o espírito justo torna-se uma escola para a disciplina, pelo respeito por quem joga, comigo ou contra mim, no time dos rivais.

Estes são todos valores muito evangélicos, pois promovem o crescimento da pessoa, o respeito pelo outro. Além disto, o espírito de grupo é muito importante para a vida e para o desenvolvimento da pessoa”.

Repórter: O esporte é importante também no plano social. Para o dia 1º de setembro está previsto em Roma outro encontro esportivo, tendo o Vaticano como protagonista, na partida inter-religiosa pela paz, em apoio, entre outros, às crianças na Argentina….

Mons. Karcher: Você me antecipou. Gostaria justamente de convidar a segui-la, visto que estamos aqui, pois é uma iniciativa que o Santo Padre tem especial consideração.

Ele é promotor da paz e vê no esporte, neste encontro que se realizará no Estádio Olímpico de Roma em 1º de setembro – ao qual estão aderindo os grandes jogadores de todos os times do mundo – um momento para promover o objetivo da paz.

Vos convido a participar deste encontro de futebol, que será importante, sobretudo porque é desejado pelo Papa.

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