A organização não-governamental Human Rights Watch (HRW) divulgou esta semana o seu relatório anual que traça um panorama das violações dos direitos humanos no mundo.
Em cerca de 600 páginas, a ONG faz o levantamento das violações dos direitos humanos em mais de 90 países. Os territórios palestinos, a República Democrática do Congo, a Somália, o Afeganistão, a Coréia do Norte e a China estão entre os países que mais preocupam. No Brasil a "crise da segurança pública" é um dos destaques. Aproximadamente 50 mil homicídios ocorrem a cada ano no país
Além do problema da violência urbana, as condições dos presídios, a tortura, o trabalho forçado, as ameaças aos povos indígenas e camponeses sem-terra e a impunidade fazem parte do relatório da ONG internacional.
Para a organização, a tortura permanece como um problema sério no Brasil: "As condições desumanas, a violência e a superlotação que têm marcado historicamente os centros de detenção brasileiros continuam sendo um dos principais problemas de direitos humanos do país, onde os atrasos no sistema de Justiça contribuem para a superlotação", diz documento.
De acordo com as estatísticas oficiais, o número de presos subiu para 440 mil. Aproximadamente 43% desses presos ainda não foram devidamente julgados.
Quanto ao trabalho forçado, a Human Rights Watch frisa que o Governo brasileiro vem dando passos para erradicar essa prática esde 1995. No entanto, a ONG lembra que a Comissão Pastoral da Terra (CPT) da CNBB coletou denúncias referentes a 8,6 mil pessoas submetidas a condições de trabalho forçado em 2007. No mesmo ano, houve quase seis mil libertações.
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