Mergulhadores buscam centenas de desaparecidos após naufrágio na Coreia do Sul
Da redação, com Reuters
Apesar do vento, das ondas fortes e da água turva, mergulhadores continuaram as buscas, nesta quinta-feira, 17, por centenas de pessoas, a maioria estudantes adolescentes, que desapareceram na véspera no naufrágio de uma balsa na costa da Coreia do Sul.
A Guarda Costeira, a Marinha e alguns mergulhadores individuais atuam no local do acidente, a cerca de 20 quilômetros da costa sudoeste da Coreia do Sul. Antes, equipes de resgate martelaram o casco emborcado da embarcação, na esperança de receber a resposta de algum sobrevivente preso lá dentro- o que não ocorreu, segundo relato da imprensa local.
A balsa, com 475 passageiros e tripulantes, virou na quarta-feira, no trajeto entre o porto de Incheon e a ilha turística de Jeju. Nove corpos foram achados, e 179 pessoas foram resgatadas com vida, segundo o governo. Ainda há 287 desaparecidos.
Viajavam na balsa 340 alunos e professores do Colégio Danwon, de Ansan, na periferia de Seul.
Um agente da Guarda Costeira disse que o capitão da balsa, Lee Joon-seok, de 69 anos, foi indiciado em inquérito. Há relatos não confirmados de que ele teria sido o primeiro a abandonar o barco.
Muitos sobreviventes disseram à imprensa que Lee esteve entre os primeiros a serem resgatados, embora ninguém o tenha visto realmente saindo da balsa. A Guarda Costeira e a empresa que operava a embarcação não quiseram comentar.
Embora o local do naufrágio seja relativamente raso (menos de 50 metros), ele é muito perigoso para os cerca de 150 mergulhadores, que, segundo especialistas, precisam correr contra o tempo para poderem encontrar eventuais sobreviventes.
Não há explicação oficial para o naufrágio, que está sendo investigado. A balsa, fabricada há 20 anos no Japão, fazia uma rota muito percorrida, e não havia bancos de areia ou pedras nos arredores imediatos do trajeto habitual.