O julgamento do ex-mordomo do Papa, acusado de ter roubado documentos reservados da Santa Sé, vai prosseguir nesta terça-feira, 2, com a presença do secretário particular de Bento XVI, monsenhor Georg Gänswein, entre as testemunhas.
O Vaticano anunciou que o processo contra Paolo Gabriele, iniciado no último sábado, 29, será separado da análise das acusações que recaem sobre Claudio Sciarpelletti, técnico informático da Secretaria de Estado.
O processo penal inclui, também, como testemunhas, os policiais Giuseppe Pesce, Costanzo Alessandrini, Luca Cintia, Stefano De Santis, Silvano Carli, Luca Bassetti, bem como a leiga consagrada Cristina Cernetti, uma das quatro mulheres responsáveis pelo apartamento do Papa.
Paolo Gabriele está sendo julgado por furto agravado, com pena de 3 a 4 anos de prisão.
O ex-mordomo, detido no dia 23 de maio, declarou que desviou e xerocou a documentação e a enviou ao jornalista italiano Gianluigi Nuzzi, na convicção de estar prestando um serviço ao Papa.
O início do processo penal no Tribunal do Estado da Cidade do Vaticano durou cerca de 2 horas e 15 minutos, na presença de um grupo de dez jornalistas, sendo a responsabilidade de captação de imagem da exclusiva responsabilidade da Santa Sé.
Segundo o jornal ‘L'Osservatore Romano’, esta é a primeira vez que se verifica um processo público no Vaticano.
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