No Cazaquistão

Secretário de Estado Vaticano pede proteção à liberdade religiosa

O Secretário de Estado Vaticano, Cardeal Tarcísio Bertone, destacou a importância da liberdade religiosa como um dos direitos humanos, em seu pronunciamento na Cimeira de Chefes de Estado e de Governo dos 56 países-membros da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE). O encontro acontece em Astana, no Cazaquistão,  entre os dias 1º e 2 de dezembro.

“A Santa Sé não deixa de reinterar que o objetivo comum dos Estados deveria ser a proteção do respeito à dignidade humana que une toda a família humana, uma unidade radical nos quatro principais fundamentos da centralidade da pessoa humana, da solidariedade, da subsidiariedade, e do bem comum”, ressaltou o cardeal.

Ele enfatizou que estes princípios são a base da dessa Organização e constitui um contínuo chamado que deve suportar a comunidade política.  

“Entre esta liberdade fundamental lhes é direito a liberdade religiosa. Os desenvolvimentos desses últimos anos e os progressos feitos na elaboração de diversos textos emanados pela OSCE demonstram, que sempre mais claramente, a liberdade religiosa pode existir em diferentes sistemas sociais”, afirmou.

Infelizmente, segundo o Cardeal, a liberdade religiosa está sendo negada, em países onde impera a intolerância e a discriminação,  causada por motivos religiosos, em especial contra os cristãos. "É  amplamente documentado que os cristãos formam o grupo mais perseguido e discriminado. Outros 200 milhões desses, pertencentes a convicções diversas, se encontram em situações de dificuldade por causa de instrumentos legais e culturais".

Em referência ao tráfico de seres humanos, Cardeal Bertone prosseguiu dizendo que a Santa Sé sempre esteve ciente da gravidade do crime, que é uma forma moderna de escravidão.

“Para prevenir o tráfico de seres humanos, todos os dias se recorda que é preciso uma política de imigração mais severa, para maior controle nas fronteiras e para a lutra contra o crime organizado”, enfatizou.

O secretário de Estado destacou ainda que as iniciativas anti-tráfico devem oferecer meios concretos para acabar com o ciclo “pobreza-abuso-exploração”.

Por fim, o cardeal ressaltou que os empenhos da OSCE são fortes e nobres, suportados por um sólido  princípio. “A Santa Sé reafirma estes empenhos e encoraja a Organização a permanecer firme sob estes [princípios]”, concluiu.

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