"Dois milhões de crianças menores de cinco anos na Etiópia correm o risco de contrair sarampo", disse o porta-voz do organismo, Tarik Jasarevic. Ele destacou ainda que 8,8 milhões de pessoas correm o risco de contrair malária e 5 milhões poderiam ser vítimas de cólera.
Em vista das péssimas condições nutricionais da população, qualquer dessas doenças pode ser rapidamente mortal. No caso do sarampo, já se nota um forte aumento, com "5 mil pessoas afetadas desde o início do ano", destacou Jasarevic.
Segundo números divulgados à OMS pelo Ministério da Agricultura e Gestão de Desastres da Etiópia, 4,5 milhões de pessoas precisam de ajuda humanitária, o que significa 47% a mais comparado com os números que se manejavam há apenas três meses.
A OMS considera que 3,35 milhões de crianças devem fazer uma revisão nutricional e se receber suplementos de vitamina A. "A preparação é crítica para responder e controlar um surto de sarampo e conduzir os casos de desnutrição aguda", comentou o porta-voz.
Com esse fim, a OMS colabora com as autoridades sanitárias da Etiópia para reforçar o sistema de vigilância e a qualificação do pessoal de saúde.
